Alguns RPGs requerem paciência. Este, requer que você jogue paciência.
O problema é que, francamente, faltou paciência em mim e sobrou no jogo.

Ancient Enemy é um jogo no qual você, sob controle de um mago, parte numa jornada para recuperar suas memórias e descobrir o que aconteceu com o mundo e, embora eu não saiba a resposta, o jogo também não conseguiu me fazer importar.
Há uma abundância de monólogos curtos pontuados por uma inexpressividade mortal, que poderiam, por exemplo, ter sido um pouco mais interessantes se o jogo nos mostrasse aquilo que o personagem vê em suas memórias, em vez de um dos muitos cenários de natureza morta.

O gameplay, embora interessante à primeira vista, tende a cair numa repetição que se arrasta por 10 capítulos, com algum desafio extra aqui e ali.
Há uma certa aleatoriedade na maneira que as cartas em jogo são dadas, mas o jogo também garante que se restar apenas uma, você não precisa ficar lutando com a chance de 2/10 de achar a carta que você precisa dentro do seu deck arbitrariamente limitado.
O combate não é de tirar o fôlego, apenas OK. Bem como a variedade de inimigos que tem tanta personalidade quanto nosso protagonista sem nome.

Talvez, se o jogo fosse um pouco mais curto, a repetitividade dele seria mais tolerável, mas, infelizmente, nosso equipamento e progressão está fortemente associado ao quão bem nos saímos nos níveis que não envolvem combate. Os quais são repetitivos e cansativos.

Talvez o "inimigo antigo" que o jogo preconiza seja o tédio.
Este, sim, é um inimigo formidável.

Reviewed on Aug 01, 2023


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