" Todas as coisas eventualmente chegam a um fim " e meu tempo no mundo de dramas interpessoais e questionamentos sobre a natureza do viver de Persona 3, feliz e infelizmente, também chegou ao fim.

Por entre os portos e shoppings de uma cidade peninsular, por entre os incontáveis e sinuosos andares de uma torre demoníaca, laços realmente profundos foram forjados durante minhas mais de 100 horas de gameplay. Persona 3 Portable apresenta uma junção agradável de JRPG com Visual Novel numa estética muito única que só o início dos anos 2000 poderia produzir, todos os elementos do jogo transbordam um estilo e um carinho muito fortes que acabam te prendendo pelo charme e também pela forma carismática como são apresentados.

Até dentro da franquia Persona, mesmo com suas limitações no departamento de gameplay, Persona 3 tem um espaço especial pelos seus temas e riscos tomados, coisas que ressoam profundamente comigo. A obra une um "slice of life" tipicamente japonês e relativamente tematicamente leve com comentários filosóficos sobre a vida e o existir, apresentando diferentes perspectivas e filosofias que convergem numa mensagem que casa perfeitamente com as mecânicas de formas relacionamentos presente no jogo.

Persona 3 te faz passar 1 ano acompanhando seus personagens e no final te faz querer passar uma vida inteira com eles, sentimento agridoce que conversa profundamente com os temas da obra, uma vez que exatamente como os personagens lutaram e choraram para compreender a vida e aceitar a perda, você também sente um vazio muito singular ao terminar o jogo, uma falta daquele mundo e daqueles personagens, uma contemplação das memórias e momentos da obra, um momento para você ativamente "botar em prática" aquilo que desde o começo o jogo quis te dizer.

" Todas as coisas eventualmente chegam a um fim... Todas as coisas vivas vão algum dia desaparecer... Apenas aceitando isso uma pessoa pode descobrir aquilo que ela realmente quer, qual o significado de sua vida será. "


Reviewed on Feb 22, 2024


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