Elden Ring... por onde começar. É um dos maiores hypes que tive na vida e só fui jogar agora, depois de quase dois anos acumulando expectativas. Eu amo a FromSoft e seus jogos de paixão, então seu jogo mais "ambicioso", com promessa de ser um mundo aberto completo não poderia me deixar mais animado. Simplesmente me recusei a ver trailers, já que não gosto de saber nada. Não vi fotos, vídeos, bosses, inimigos, cenários, absolutamente nada, apenas os nomes "FromSoftware" e "Hidetaka Miyazaki" são o suficiente pra mim, afinal seus jogos estão entre meus favoritos da vida, e um novo prometendo um escopo nunca antes visto é algo que derruba até o mais cético.

E na moral, o jogo é simplesmente absurdo de bom mesmo. O gameplay segue o padrão do Dark Souls, e no meu caso que taca tudo em vitalidade, força e fortitude acaba sendo o clássico bater, defender e rolar que me diverte tanto desde sempre. O mundo aberto é simplesmente maravilhoso de lindo, é uma screenshot a cada dois segundos, cada mapa novo é distinto com seus inimigos e biomas, chefes, segredos, NPCs... cara eu sinto que até agora não vi tudo. O jogo repete bastante inimigos sim, mas ao menos a quantidade deles é alta e trás interessantes variações quando se repetem, fazendo sentido com a lore ou local. Os sentimentos que os jogos Souls passam de mistério, de que algo sempre está a espreita, de como será próximo boss, tudo se paira por cada cantinho do mapa, onde quando se menos espera a barra de vida surge em baixo da tela. Mesmo com o jogo repetindo chefes de novo e de novo, a sensação de exploração e expectativa acabam superando a descoberta em alguns casos. Bizarro como já sinto nostalgia em explorar Limgrave lá no comecinho, e no fim quase me tirou lágrimas quando apareceu o título seguido dos créditos.

O jogo tem muitos chefes, mas eles tem vários "tiers de importância" que é como coloquei em minha mente. Os que são encontrados no mapa ou em dungeons que se repetem, os opcionais que são mais elaborados, como o Mogh ou Malenia, que seriam chefes encontrados em áreas opcionais nos outros jogos com a qualidade de um principal, e claro... os obrigatórios. Essa divisão acaba por trazer uma consistência interessante, pois TODOS os principais são excelentes, sem fillers ou batalhas bestas, pois você decide quando vai pra uma área obrigatória enfrentar um chefe que promete ser grandioso, então no fim sempre acaba entregando. Mesmo a única luta gimmick obrigatória acaba por ser uma set piece incrível aqui, e falando em setpieces, nossa...

Algo que sempre adorei nos jogos Souls são as cutscenes dos chefes. Chegamos numa área nova que é linda, exploramos, matamos, morremos e sempre paira o pensamento, "como será que vai ser o chefe?", Elden Ring traz cutscenes pra TODAS as boss battles que não são bucha, e são umas melhores que as outras. Os bosses aqui pensam e falam, isso acaba por trazer um contraste interessante e diferente dos outros jogos, onde somos ameaçados por sua aparência. Aqui eles mesmo falam que não temos chance alguma, e em alguns casos não temos mesmo, já que alguns chefes estão entre os mais difíceis da franquia, uma em específico...

No fim Elden Ring é um jogo maravilhoso, mágico, lindo e que entrega em tudo. Cenários os mais lindos possíveis, lore caprichada e profunda, gameplay refinado e divertido, bosses inesquecíveis, trilha sonora absurda... seu sucesso estrondoso só me deixa feliz. É daqueles que você apenas esquece o alto valor que foi cobrado e sente que valeu cada centavo, simplesmente inesquecível.

Reviewed on Jan 15, 2024


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