Muita gente diz que RPG de turno compensa o combate "ruim" com uma história maravilhosa. Baldur's Gate 3 está no seleto grupo de jogos que é oposto dessa "máxima". É um jogo com combate fenomenal, lhe dando possibilidades infinitas de abordar cada situação da sua gameplay da forma que você quiser. Dá pra sair na porrada, usar stealth, virar um dinossauro, encantar inimigo, distrair inimigo com uma apresentação de música, etc. Se de um lado você é livre pra fazer o que quiser com as milhares de builds, do outro você tem uma narrativa cheia de escolhas que, inevitavelmente, vão culminar nos mesmos 3 caminhos de história. Não teria problema ter essa "falsa liberdade" na narrativa, só que Baldur's Gate 3 conduz sua história do mesmo jeito que o Luciano Huck conduz o The Wall. É enrolação atrás de enrolação, build up após build up, voltas e mais voltas, pra no final, ele fazer um speedrun e resolver todas as pontas no ato 3. Isso seria até tolerável, se o jogo não tivesse 100h+. E isso sem falar que a narrativa de Baldur's Gate 3 é que nem a de Dark Souls, só que sem a parte do conhecimento de lore se fazer só por itens e cenário. Em Baldur's Gate 3, os personagens passam a maior parte do tempo falando expositivamemte do mundo, do que, de fato sendo personagens desse mundo. Baldur's Gate 3 é tipo aquele seu professor que é um cara muito bacana, mas a aula é um saco.

Reviewed on May 06, 2024


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