Pensa em um jogo que você quer gostar, mas que ele não gosta de você e faz de tudo pra que você também não goste dele.
Bem... essa foi a minha experiência com Kairo.

A parte boa do jogo é justamente a ideia dele, de ser um walk simulator que passa por diferentes liminal spaces - diversos lugares minimalistas e estranhos, que variam desde salas pequenas e claustrofóbicas à titânicas torres e florestas brutalistas - que ao mesmo tempo que são esquisitos, sempre causando sensações de desconforto e solidão, são belos e impressionantes.
Agora o resto do jogo...

...Bem, pra iniciar as críticas, comecemos com o software do jogo, que simplesmente se recusava a funcionar no meu monitor. Tiver que fazer altas gambiarras pra conseguir abrir o programa em modo janela pra ele rodar. Depois disso, a parte mais cruel do jogo: O jogo é CHEIO de salas diferentes, e sempre que você troca de sala, o jogo fecha e reabre. Beleza, isso não seria tão incomodo, se não fosse por ele sempre reabrir no exato ponto que divide meus dois monitores. Toda vez, para cada sala que eu ia - em um jogo REPLETO de salas - eu tinha que puxar a janela do jogo pro centro do meu monitor primário. Nem preciso dizer o quão irritante isso era.
Quanto a parte de gameplay, o objetivo, ao explorar as salas, é achar e completar puzzles que vão abrindo novos caminhos (e mais salas). Esses puzzles são, em sua maioria, ridículos, nem podendo ser chamados de puzzles direito. Apenas uns dois ou três foram realmente interessantes de completar, o restante sendo bem fracos e até irritantes pela lentidão do jogo. Falando em lentidão, esse é outro aspecto que incomoda muito durante a gameplay: o seu personagem não corre, ele só anda um pouco mais rápido, o que complica bastante trafegar por cenários colossais que você já passou enquanto procura puzzles.
Pra fechar a torrente de desgraça, a câmera do jogo, depois de jogar um tempo, começa a te dar dor de cabeça. Não sei o que fizeram de diferente nela, mas nas 3 vezes que joguei tive dor de cabeça - não vou mentir, porém, que essa parte pode estar relacionada a eu ter que reposicionar a janela sempre que mudava de sala - dificilmente ela ficava centralizada certo, e essa leve variação pode ter ajudado a causar a dor.

Enfim, a conclusão é que eu deveria ter dado ouvidos aos alertas do jogo desde o começo e abandonado ele, porquê, mesmo com cenários incríveis, o pacote bônus de problemas que vem junto está longe de valer a pena.

Reviewed on Nov 02, 2023


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