vamos a mais um analise de um game que joguei recentemente The Bookwalker: Thief of Tales analise tambem disponivel em video:

https://youtu.be/C7YgKHz3qzs

Bookwalker é um jogo com foco principal em puzzles, onde controlamos Etienne, um escritor que se arrisca como ladrão e tem a habilidade de mergulhar em livros. Dentro dos livros, Etienne deve roubar o objeto central da história e trazê-lo de volta intacto. É um conceito único que não lembro de ter visto em outro lugar.

Em Bookwalker, também alternamos entre o mundo real e o mundo dos livros que ele rouba. Devo dizer que gostei do jogo, achei legal, mas não me conquistou a ponto de dizer que fiquei apaixonado por ele. Hoje vamos falar dos pontos que considerei bons no jogo.

Começando pela dualidade do jogo, que é um jogo point-and-click com puzzles, mas também um jogo de batalha por turnos. Tudo isso é feito de maneira muito simples no jogo. Normalmente, jogos point-and-click desse tipo costumam ter uma jogabilidade mais complexa, juntamente com o sistema de turno, que também costuma ser complexo. Aqui em Bookwalker, eles são bem simples e bastante intuitivos. Por exemplo, um dos primeiros "quebra-cabeças" que encontramos no jogo é um muro meio quebrado, e você precisa de algo para quebrá-lo. O protagonista deixa uma pista no ar de que seu vizinho poderia ter um martelo, então você precisa voltar ao mundo real, ter uma série de diálogos com o personagem e finalmente obter o martelo para continuar no jogo.

Inclusive, joguei o jogo às cegas, e a mecânica de "entrar" no livro e sair do livro me pegou de surpresa. É uma mecânica que funciona muito bem e é muito diferente. A jogabilidade geral do jogo é bastante intuitiva. Você pode explorar os cenários dos livros, interagir com os personagens e resolver puzzles e enigmas para progredir.

O jogo também conta com bastante texto ou fragmentos de textos muitas vezes. Conforme você avança, eles te dão mais ideia sobre o ambiente em que você está passando, ou até mesmo servem como dicas para resolver algum quebra-cabeça ou simplesmente para dar um pouco mais de profundidade à história. Obviamente, se você prefere jogos de ação ou aventura, provavelmente achará o ritmo do jogo lento. Eu, por exemplo, zerei em cerca de 15 ou 16 horas, o que é um tempo relativamente curto para um jogo no geral. Acredito que facilmente ele possa chegar a 20-25 horas, então é um jogo que uma pessoa não familiarizada com o gênero provavelmente se sentirá um pouco frustrada.

Em relação aos gráficos e à parte sonora, sendo um jogo indie, seria injusto julgá-lo graficamente como ultrapassado. É preciso entender a estética e a ideia que o jogo quer transmitir. Os gráficos e os cenários, por exemplo, são ricos em detalhes e transmitem perfeitamente a ideia de cada livro que você entra. Lembrando que no jogo, se não me engano, são sete livros nos quais você mergulha, e cada um deles tem um conceito e uma execução diferentes. Quanto à trilha sonora, também cada música se encaixa perfeitamente com cada história e cada livro. Então, obviamente, essa parte da trilha sonora para mim é perfeita.

The Bookwalker: Thief of Tales pode não agradar muito o público em geral, seja pela narrativa um pouco lenta ou pela jogabilidade que segue o mesmo ritmo. Mas para mim, ele conseguiu agradar. Apesar de não ser um gênero pelo qual sou apaixonado, como mencionei anteriormente, é inegável o talento apresentado pelo jogo, seja pelos elementos de literatura e jogabilidade, sua narrativa cativante e atraente, jogabilidade intuitiva e gráficos incríveis. Tudo isso cria uma experiência única e criativa no jogo.

Prós:
- Ambientação diferente e divertida.
- Narrativa cativante e atraente.

Contras:
- Sem legenda em PT/BR.
- O sistema de escolhas parece não afetar muito.

Reviewed on Jun 24, 2023


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