Introdução

São poucos os jogos do gênero de Terror que tenho interesse e isso é devido a dificuldade de transmissão do medo que tal deveria passar, são poucos os exemplos que consigo pensar no momento sendo os mais fáceis o Visage, Nanashi no Game e o primeiro Amnesia e agora, este em questão. Numa época onde os jogos de terror e horror estavam em alta devido youtubers como Terror Bionic, Alanzoka e tanto outros por jogarem e tendo reações iconicas para sua época, muitos jogos vieram a tona e cairam na popularidade como a própria série do Amnesia, Outlast e Penumbra porém algo que estava em alta na época para os jovens (além do five night's at freddy) eram as creppypast, Slenderman, Jeff the killer, Smile dog e vários outros e nisso veio uma enchurrada de jogos para esses youtubers mas que não são relevantes para a review em questão pois estou para falar sobre o jogo desenvolvido pela Parsec Productions em parceria com a Blue Isle no ano de 2013 sendo baseado na criatura criada por Victor Surge (Eric Knudsen).

Introdução ao Jogo

O ano é 2012 e é lançado na internet Slender: The Eight Pages que simplesmente explodiu de popularide devido grandes personalidades da internet terem feito conteúdo encima o jogo e vendo potencial, no ano seguinte uma parceria entre as empresas citadas anteriormente usaram tanto o Eight Pages e a mitologia criada sobre a lenda urbana da internet para criar um jogo grande usando a marca do ser esguio, em 2013 era lançado Slender: The Arrival que tinha como premissa apresentar uma narrativa onde a protagonista vai atrás de sua amiga após descobrir que a mesma desapareceu, e nisso teríamos uma série de mistérios para irmos atrás e descobrir o que de fato aconteceu, tal narrativa (e até a falta dela) serve tanto como uma apresentação para quem não conhecia a lenda do Slenderman quanto para uma expansão de lore para aqueles que já a conhecem mas isso é algo que você pode ler a seguir.

Visual

Pode se dizer que até para sua época o jogo se apresentava como inferior comparado aos grandes de sua época mas ao seu nicho como Penumbra e Amnesia, é um game decente. Se passando em grande parte em ambientes escuros, o jogo consegue transmitir insegurança e até tensão em meio a todo “caos” da situação e até cenários bonitos para um print se tornar wallpaper porém que se tornam inúteis usando o brilho padrão do jogo que é tão pequeno quanto de uma noite normal tornando quase injogavel porém, basta uma mexida nas configurações para se abster deste problema. A animação da protagonista é estranha, no momento em que a mesma corre parece uma gazela não dando uma sensação real de desespero que é o estilo que a mesma tenta passar assim dando uma sensação de uma gazela correndo do que qualquer outra coisa. Sobre a física? Bem, o jogo não demonstra grande feito sobre isso até porque os puzzle que temos no jogo são de pegar algum item ou ligar eles o que faz com que isso seja algo irrelevante pro jogo.

Envolvendo a iluminação, pode-se dizer que é quase inexistente a noite pelo menos de forma natural, usamos uma lanterna o jogo inteiro com exceção de um cenário e as poucas luzes que tem sem ser dela são minúsculas e que quase não fariam falta porém não é algo que vai atrapalhar o jogador em sua jogatina (a menos que esteja jogando com o brilho mínimo).

Som

Sobre oos esfeitos sonoros do jogo? Bem, pode dizer que é competente e não foge muito disso, tá no aceitável e isso já é bom o suficiente por não atrapalhar o jogador Em questão da trilha sonora, as músicas apresentas em alguns casos tem uma criatividade boa e até uma sensação de Silent Hill ou os clássicos Biohazard mas que em sua maioria são passáveis mas que servem para preencher de maneira útil do que o simples nada absoluto.

Designe dos Níveis

O jogo é dividido em capítulos e nestes cada um se passa em algum local da floresta indo da mata, até minas e fazendas abandonadas que mesmo com os gráficos inferiores, conseguem passar sensações ao jogador pois é visível um capricho nos elementos que compõem o cenário para assim trazer mais imersão ao jogador, a única exceção fica ao segundo capítulo do jogo que é capaz de fazer muitos desistirem do jogo por ser necessário achar as oito páginas do Slenderman como se fosse uma réplica do jogo de 2012 mas que se torna cansativo bem fácil após três tentativas.

Gameplay

Já ensinando nos primeiros minutos o que podemos e não podemos fazer, assim como a maioria do seu gênero não temos muito o que fazer além de correr e pegar itens para concluir o objetivo como a proposta do jogo nos diz, o máximo de diferente aqui é em um dos capítulos onde podemos focar a lanterna no rosto de um dos inimigos para assim o atordoar por breve momento, no mais é apenas isto.

Imersão

*Algo fundamental aos jogos de Terror e Horror deve ser a imersão que o jogador tem dentro daquele mundo para conseguir se assustar e criar tensão dentro do cenário assim como é nos RPG mas que aqui pode ser um obstáculo por um único fator, o protagonista mudo. Pelo menos pra mim, não foi nenhum algo nefasto mas para alguns pode ser então vale a citação.

Estória

No jogo em questão, temos uma estória que assim como várias outras da época, temos a protagonista que vai para um local resolver algum problema ou visitar alguém e no caminho descobre que algo horrível aconteceu e embarca em uma jornada de fuga perante as criaturas que te perseguem e sendo sincero, não tem nada de ruim nisso, até jogos com uma estória mais obscura como Outlast usa deste artifício e como o exemplo citado, é necessário ir atrás de Files para saber de todos os pontos e conseguir ligar eles para assim ter toda narrativa dos eventos fora dos acontecimentos da protagonista.

Conclusão

Slender: The Arrival não é um jogo que inova e é um fruto do seu tempo, mas que ainda passando quase dez desde seu lançamento ainda consegue assustar o jogador de maneira sinsignificava e conseguindo ser mais imersivo e assustador que muitos dos jogos atuais que saem nessa mesma pegada, em comparação aos três Outlast, apenas a DLC do primeiro conseguiu criar uma sensação de medo e aflição comparável a este game de 2013. Se quer saber sobre bugs, não tive nenhum em minhas cinco horas do jogo.

Reviewed on Jun 01, 2022


2 Comments


4 months ago

que review completa irmão, papo reto, só de ler essa review me dá preguiça de imaginar ter que escrever tudo isso HASUAHS. Eu gostei do jogo mas o que mais me decepcionou foi o final, achei muito paia como tudo só acaba naquilo, eu até acho legalzinho porque o clima é de melancolia e falta de esperança, com o Slender tendo vencido e todo mundo tendo ido pro caraio, mas ainda assim pelo tempo gasto não vale a pena

4 months ago

@GKzitos
Agradeço pelo feedback, não é o tipo de review que gosto de escrever atualmente ao separar por tópicos e planejo visitar o título futuramente quando jogar o remake, remaster ou sla oq que a Blue Isle chama isso kkk.
O final é realmente decepcionante e bem anti-climatico, o único ponto positivo é a ambientação e a falta de pontas soltas.