Atomic Heart é um shooter em primeira pessoa ambientado em uma união soviética pós-guerra em que o lado comunista se desenvolveu muito mais que todo o resto do mundo e criou robôs, inteligência artificial e uma gosma transparente muito suspeita..

O início do game é basicamente Bioshock, somos apresentados à uma cidade flutuante alá Bioshock Infinite, cheia de robôs, naves e pessoas numa festa e alegria absurda, até que dá merda uma hora.

A gameplay lembra bioshock, você tem tipos de armas específicas e habilidades pra entrar em combate, sendo elas, armas brancas, uma pistola, um fuzil, um lança míssil, uma pistola de energia, um fuzil de energia e um canhão de energia.

O jogo também conta com algumas habilidades pro personagem, tipo Bioshock sabe? Porém diferente desse ele só tem quatro habilidades não passivas, que são dar choque, congelar, levitar, brotar um escudo e uma gosma que pega fogo que não cheguei a usar.

As armas do jogo, tirando as de energia, são todas licenciadas, com seus devidos nomes e aparência, porém ficam muito feias ao progredir com elas, vira um negócio cyberpunk que estraga totalmente a estética delas.

Comparei o jogo muitas vezes com Bioshock, não é por menos já que é a principal inspiração de Atomic Heart, mas por incrível que pareça (ou não), o Sandbox é uma piada.

Se tu der choque na água não vai eletrificar ninguém, são poucos os objetos que dá pra interagir e nem sequer dá pra jogá-los nos inimigos (não dá dano nenhum).

O mundo aberto é extremamente morto, não tem nada pra fazer além de ir pro objetivo principal ou entrar em uns bunkers pra conseguir coletáveis e melhorias de armas. Além de ser extremamente descartável tem tantos inimigos por aí que cansa.

O combate é uma delícia, matar inimigos nesse jogo é ótimo, encher de bala (quando tem) e explodir cabeças desses robôs safados é a coisa mais sexo que você terá em toda sua vida.

Um adendo pra ser citado: O sistema de conquistas é extremamente porco e bugado que pra fazer 100% eu te desejo muita paciência. Não tem NG+, mas dá pra ir pro mundo aberto (morto) depois de zerar.

Os gráficos do jogo são bonitos, mas ao mesmo tempo são feios. Joguei no Xbox Series S e no mundo aberto o jogo é muito borrado a certas distância e já que o FOV desse jogo é uma mira sniper 32x você pode ficar com dor de cabeça fácil.

Os interiores são bonitos, tem um desempenho bacana e não sofre com borrões, infelizmente senti que vários locais são reciclados, num geral só temos três cenários distintos, sem contar o mundo aberto é claro, que são laboratórios, museus/teatros e fábricas de robôs(eu acho?).

As expressões faciais são extremamente amadoras, o jogo tem algumas animações decentes, mas quando envolve os personagens principais precisando fazer algumas coisa 99,9% é porcaria.

A história do jogo é seu ponto mais alto e até nisso tem alguns defeitos. Depois de zerar Control e ler incansavelmente todos os textos e infos é broxante ver o quão inúteis são em Atomic Heart, pode passar por todos eles que você nãosente falta.

Os diálogos de alguns NPCs, além de possivelmente serem repetidos, mesmo que você tenha completado um objetivo, eles vão continuar com a mesma linha de texto que estavam antes.

Por exemplo, eu precisava de um passe pro trem, falei com um NPC, não tinha, fui em outro achei, mas depois fui em um terceiro e meu personagem ainda tava buscando o passe, que eu já peguei... meio burro ele, não?

Se esse jogo fosse um filme acho que daria mais certo, já que tem uma história principal muito bacana, incrivelmente não toma partido político, critica todos os lados, tem questões morais e éticas (quando chegar no teatro você entende).

NÃO se assuste com o protagonista sempre puto e xingando tudo e todos, eu sei que pode ser cansativo uma hora e irritante em outras, mas isso tem um motivo e talvez você passe a gostar dele quando souber.

Uma tremenda crítica social foda, cheio de politicagem, filosofia e ideais, até mesmo artísticos.

Mas aqui vai a parte onde esse game mais erra e não deveria. Além de aparentemente ter músicas que não foram creditadas, as suas músicas originais foram colocadas nos piores momentos possíveis.

Tirando alguns bosses, as músicas são incríveis mas acontecem em momentos muito broxantes ou parados demais. Certa vez matei um boss que a trilha sonora era basicamente MúsicadeCombateGenérica™.

Logo depois deste boss, entrei numa sala com 2 npcs e DEPOIS que matei eles, tocou uma obra prima (por 5 segundos) que deixou meu pipi ereto, totalmente fora de ordem e momento.

Depois que você chega no "mundo aberto" você entende como esse jogo teve seu desenvolvimento mudado do nada e depois que vocÊ zera você só sente que deveria ter sido um jogo como DOOM e não Bioshock.

No geral, o jogo é bom porque a história, o combate e as duas robôs bailarinas carregam todo o lixo que sobra desse projeto de Bioshock. Eu gostei, mas não zeraria de novo, prefiro ir jogar Doom Eternal no controle do que Atomic Heart no PC mais Master Race do mercado.

Reviewed on Feb 27, 2023


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