Legalzin…

Pokémon sempre fez parte do meu consumo de entretenimento. FireRed juntamente a Emerald foram os primeiros jogos que zerei da franquia do Pikachu, porém, ao contrário do jogo do Rayquaza, que até hoje me cega por nostalgia e que eu preservo um carinho enorme, com FireRed e LeafGreen eu já não guardo tanto e carinho, e olhando num retrospecto, eu ativamente acho esses jogos bem mal aproveitados pela sua desenvolvedora.

Pokémon FireRed e LeafGreen foram os responsáveis por iniciar os remakes dos jogos da série em cada console subsequente ao GBA - Ou seja, sem esse pontapé inicial muito provavelmente eu não teria meus tão amados Pokémon Omega Ruby e Alpha Sapphire -, além disso, esses jogos são apenas a segunda interação com Kanto depois da primeira geração (já que na segunda geração tem todo o mapa da primeira para explorar), e é isso que me incomodou nessa jogatina. Veja, depois de 2004, Kanto voltou a aparecer nos Remakes de Gold e Silver (2009) e nos Remakes de Yellow, apelidados de Let’s Go (2018), e para mim, essas duas versões da primeira região são muito superiores a versão traga aqui, mesmo FireRed (e LeafGreen) trazendo uma versão única de Kanto, já que só esses jogos trazem as Sevii Islands. O que mais me causou esse sentimento foi a trilha sonora. Por mais que eu não seja o maior fã da primeira geração, as músicas do Game Boy são clássicas ao extremo, e a releitura delas para Let’s Go, pelo menos para mim, foram felizes demais e são excelentes versões, enquanto as daqui do GBA são no máximo legais, nada no nível das clássicas (que são incríveis até hoje) ou das modernas, estas são só legais mesmo.
Sendo justo, os gráficos desses remakes ainda são bem bonitos e, para ser sincero, com as de Emerald, essas são as minhas pixel arts favoritas da franquia. Mesmo assim, me incomoda (e muito) esse jogo sair depois de Crystal e os sprites em batalha serem estáticos. Ruby e Sapphire já tinham cometido esse erro (que para mim é grotesco) e que só foi corrigido em setembro daquele mesmo ano com Pokémon Emerald. Infelizmente, não foi a última vez que a Gamefreak cometeu esse downgrade de uma geração para outra. Pode parecer só frescura minha, mas vai por mim, o boneco se mexer, mesmo que no início da luta, traz mais vivacidade às batalhas, coisa que num Monster Tamer eu considero importantíssimo (é só ver Pokémon Stadium, se aqueles modelos 3D não se mexessem seria no mínimo hediondo).

E é isso... Não tem muito o que falar além de que, eu esperava mais… Não só do jogo, mas da review em si. Pokémon FireRed Version (2004) - e a LeafGreen - juntamente com Emerald, foram as minhas primeiras interações com os games de Pokémon, e até hoje a geração do GBA é muito marcante para mim - só ver a página inicial do meu perfil - mas as evoluções que a franquia tomou ao longo do tempo, principalmente voltadas a Kanto, tornaram essa versão tão sem graça em relação ao jogo original e ao remake de 2018, que sem sombra de dúvidas, é pra mim a pior interação com Kanto. Quando eu resolvi rejogar esse jogo pela enésima vez, eu fui lembrando dos momentos que senti com FRLG quando eu joguei com 10 anos de idade, e eu realmente esperava que essa fosse mais uma review emocionada sobre algum jogo de Pokémon, mas não é! Infelizmente a nostalgia não foi capaz de me cegar dessa vez. Porém, eu devo admitir que esse, com o passar dos anos acabou virando uma boa porta de entrada para alguém que nunca tocou em algo da franquia além do anime. Como os gráficos envelheceram super bem aqui (ao contrário das versões originais, Red e Blue) e esse é um jogo hiper acessível capaz de rodar numa batata, acabou sendo uma boa porta de entrada a jogabilidade cativante de Pokémon, além de ter a Dex mais reconhecida e famosa da franquia, o que, gostando ou não, ajuda a ingressar um leigo aos jogos.

Reviewed on Mar 21, 2024


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