Se a franquia Metal Slug tivesse um filho com a franquia Contra, muito provavelmente esse filho se chamaria Broforce.

Junto com os elementos e personagens dos principais filmes de ação já produzidos, Broforce consegue aliar muito bem a gameplay carregada de elementos em tela de Contra (principalmente os de 16 bits) com o humor sínico e sangrento de Metal Slug, gerando ao meu ver, o verdadeiro significado de andar e atirar, ao ponto que cada passo dado, quase que obrigatoriamente tem que vir com 5 tiros dados pelo seu personagem.

Se por um lado todas as referências e inspirações aqui usadas sejam realmente muito boas e facilmente identificáveis, por outro elas poluem o jogo de uma forma no mínimo irritante, no nível de que ao final do jogo eu particularmente estava mais me irritando ao desbloquear um boneco novo e tendo que me adaptar ao mesmo no meio da luta contra a ultima forma do ultimo Boss. Por mais que ter tantos bonecos conhecidos seja o trunfo desse jogo em questão de marketing, ter esse tanto de personagens acaba mais deixando a gameplay, já difícil, em frustrante em alguns momentos (em especial os finais).
Outro ponto negativo, para mim, está na otimização do jogo. Jogando em uma 3060 e um i7 12700H com 32GB de RAM, foi comum o jogo travar em alguns momentos, principalmente subindo escadas. Além do mais, a adaptação do game a monitores Ultrawide é bem mais ou menos, ao ponto que vários elementos da tela (como nomes e sprites) nas cutscenes são simplesmente cortados devido a proporção, coisa que, depois de anos do lançamento, imaginei que já estivesse corrigida.

No final esse jogo é muito bom, por mais que o hoster seja o meu maior problema, a gameplay frenética e de certo modo difícil é gostosíssima, ao passo que ela consegue ofuscar essas pequenas inconsistências, fora que, a expansão standalone em parceria com o filme "Os Mercenários" consegue corrigir essa minha rusga com o game.

Reviewed on May 07, 2023


Comments