Exemplo de resiliência.

Não é a primeira vez que nos deparamos com personagens psicóticos, transtornados ou com uma bagagem emocional pesada como Isaac Clarke, Max Payne, entre outros. Aqui, acompanhamos a árdua jornada de Senua, uma jovem guerreira que tenta encontrar paz para o seu amado e acima de tudo, para si mesma.

A junção das mitologias nórdica e celta não poderiam ter culminado em uma atmosfera melhor para essa narrativa. Desde os mitos distorcidos que assombravam as mentes desvairadas daquele período até o politeísmo emaranhado nas vidas de todos que se deixavam guiar por ele! Diante disso, temos uma protagonista atormentada, lutando para superar a escuridão que toma conta do seu ser enquanto tentamos entender mais sobre o passado, traumas e perdas que a fizeram chegar a esse ponto.

Falando das mecânicas, o combate é um pouco decepcionante, porém, aceitável e conta com esquivas, um sistema de parry "OK", ataques rápidos e fortes. Alguns puzzles são frustrantes mas bem elaborados, havendo alterações nos cenários em que se encontra e mudando a perspectiva do jogador, oferecendo desafios interessantes. O trabalho de áudio é admirável e a parte visual dispensa comentários, principalmente na versão de PC, que recebeu atualizações trazendo suporte a DX12 e Ray Tracing.

Sendo sincero, só resolvi dar uma chance por conta da sequência já anunciada, entretanto, posso dizer com tranquilidade que o saldo foi positivo. A experiência em si consegue ir além do substancial e se faz bastante necessária em questões importantes, abordando com certa sensibilidade temas delicados e relevantes.

Reviewed on Mar 18, 2024


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