É nitidamente um jogo que carrega muitos problemas dos jogos atuais de mundo aberto, um mundo vazio, side quests básicas sem variação, coletáveis desnecessários, e sistemas obtusos, mas, eu não me importo, porquê é Dragon Ball.
Sempre foi uma pessoa mais sozinha que ficava muito mais em casa e sem tantos amigos, desde criança e adolescente, isso reforçou muito a conexão que eu tenho com arte, especialmente video game. Dragon Ball é uma síntese muito forte da minha infância, um período onde eu não tinha muitas responsabilidades, não tinha grandes preocupações, eu podia passar horas assistindo televisão e jogando video game, e o anime de Dragon Ball foi uma coisa muito presente nesse período pra mim, é por muito, uma das obras mais nostálgicas da minha vida.
Jogar esse jogo foi um grande resgate a essas memórias, a essas sensações de uma época com uma simplicidade que eu não tenho mais na vida. Reviver a história de Dragon Ball Z de uma forma tão bem contada (porquê o modo história realmente é bem feito) foi realmente mágico, ainda mais viver essa história em um videogame, que como eu disse, é uma das mídias que eu mais amo e marcou meu crescimento.
E esse mundo aberto, mesmo que com esses problemas, é o mundo de Dragon Ball, um mundo que eu quis tanto viver quando criança, com os personagens clássicos. Mesmo nessas missões básicas bobas, eu não deixava de abrir um sorriso ao ver esses personagens e estar nesse mundo que foi tão marcante na minha infância. Isso também se estende ao combate do jogo, sim, ele é básico e repetitivo, mas capta a essência de como são as lutas do anime, é o sentimento de poder que o anime passa, visualmente e sonoramente, também remetendo as experiências que eu tinha com o anime naquela época.
Todo o período em que eu joguei esse jogo até o fim, foi um grande abraço a minha criança.