Joguei Sonic Colors pela primeira vez da maneira mais mal emulada que eu poderia ter jogado. O meu humilde notebook engasgava na tentativa de rodar o jogo no Dolphin mas a minha insistência garantiu que eu experimentasse pelo menos umas duas ou três fases. Apesar da performance, muito me agradou aquele fragmento jogado e em respeito à minha experiência decidi o guardar para visitá-lo novamente em um hardware mais decente.

Este primeiro contato me gerou uma expectativa: A de que o jogo me serviria sobretudo em matéria de estímulos visuais e sonoros. Então quando decidi jogá-lo finalmente, fui esperando que este fosse seu ponto mais forte, e de fato é, a obra se dedica a ser esse espetáculo aos olhos e ouvidos sempre que pode.


Mas além desse natural entusiasmo das as cores, partículas, manobras e músicas verdadeiramente enérgicas, eu também esperava um ritmo de alta velocidade como que a que senti nas duas primeiras fases, mas notei que muito desse caráter veloz se perdia quando o jogo tentava ser mais como um plataforma tradicional, especialmente quando mudava a perspectiva para o 2D, que se faz mais presente do que julgo ser necessário.

Essa constante alternância me dava a sensação de postar um racha respeitando as leis de trânsito, é paradoxal, um saco ter que recorrer ao freio depois de tanto pisar no acelerador.

A área do parque aquático por exemplo me fez concluir que eu teria gostado muito mais desse jogo se não fosse essa quebra de ritmo. Enquanto de um lado as fases desse trecho me cativaram pela ambientação irada e principalmente a trilha sonora que abraçou de vez o breakbeat e drum and bass (gêneros que se dão muito bem com Sonic), do outro foi onde mais teve sessões de plataformas lentas e impertinentes.

Mas no fim do dia o que me conforta é que eu tirei um bom proveito de suas qualidades e aproveitei o show que a obra quis me apresentar. Valeu a experiência e eu até recomendo, principalmente para aqueles que buscam esse lado mais solido e segura de Sonic.

Reviewed on Oct 25, 2023


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