Finalmente minha última pendência com a franquia Dishonored está finalizada e preciso acrescentar: que forma legal de terminar o que se tornou uma coisa instável em questão de enredo, mas divertida em gameplay.

Death of the Outsider tem como protagonista a conhecida Billie, uma personagem bem mais carismática que os outros dois, pois transmite um lado sarcástico, frio, triste e ao mesmo tempo real. Talvez seja sua vivência em relação ao mundo que estamos explorando e todo o mistério de sua transformação ou a combinação de ter noção do que nos espera, mas essa é uma personagem que a Arkane precisa tomar como exemplo.

Sendo sincera, senti que enredo foi bem mais complexo do que os anteriores, porém nem sempre complexidade significa melhoramento. Existem alguns problemas que não foram bem explicados e a visita a certos locais deixou um pequeno gosto amargo quando analisado de forma micro.

O final também foi de longe a coisa mais duvidosa sentimentalmente, pois diferente dos jogos anteriores suas escolhas durante toda a campanha não fazem a mínima diferença, então não existe necessidade de passar por tudo em modo furtivo ou se quer sair matando.

A gameplay é, como o esperado, a melhor parte e ao mesmo tempo a mais diversificada, o que já é de se esperar pois ficou óbvio que esse jogo carrega todas as mecânicas do anterior, pois teoricamente deveria ser uma DLC.

Apesar de ter detestado o fato do final ser uma simples escolha de diálogo, o jogo realmente causa uma certa satisfação quando penso sobre a possibilidade de estarmos livres para sair correndo de um ponto ao outro sem se importar com absolutamente nada.

De forma geral, Dishonored: Death of the Outsider supera o primeiro, mas se mantem um pouco inferior ao segundo, o que não é algo negativo. Além disso, a Billie mostra a importância de se ter uma personagem "pé no chão" em uma franquia da Arkane (sério, o que essa galera toma que só coloca gente estranha).

Reviewed on Feb 25, 2023


6 Comments


1 year ago

Não zerei o DoTO mas achei a história bem paia, a ideia de matar o Outsider não me satisfaz, ainda mais depois das DLCs do Daud (meu personagem favorito da franquia), o cara aceita o destino dele no final das DLCs, se redime salvando a Emily, e no DoTO quer matar um Deus onipresente, sei lá, não comprei a luta dele

1 year ago

@Peres Você não zerou pq preferiu não pegar na Epic ou só dropou mesmo?

Em relação ao enredo eu também observei as várias incongruências e explicações simplistas para certas situações (algo comum na franquia), mas ainda acho superior ao primeiro, por causa de uma missão que me deixou extremamente desconfortável ao ponto de quase abandonar.
Sua observação sobre a evolução de Daud é interessante e eu entendo totalmente o sentimento de "tal empresa estragou o personagem", porém achei o diálogo do final "bom" um ótimo exemplo de profundidade e personalidade, mostrando que mesmo se redimindo com uma parte ele ainda sente que a culpa é de um ser superior, algo que remete muito a nossa realidade.

1 year ago

@SayeedDS Tenho a versão da Steam mesmo, dropei por desinteresse, o fato do jogo não rodar muito bem no meu PC não ajuda, mas vou voltar pra zerar ainda esse ano, não vou discutir a história pois tenho que zerar pra não ser hipócrita.

1 year ago

Não lembro da Billie na campanha principal do Dishonored 1. Quando que ela é introduzida na franquia?

1 year ago

@CDX No Dishonored 1 ela só aparece na dlc "The Knife of Dunwall" se não me engano.

1 year ago

Ah, então foi isso. Tenho que jogar ainda.