CDX
Bio
Geógrafo, carioca, professor, jogador de videogame, imigrante no DF, devorador de livros, rato de internet e fã de Smash Bros. Não necessariamente nessa ordem.
Jogo desde os 04 anos, mas só vou logar aqui o que zerar de 2020 pra frente porque SEM TEMPO, IRMÃO.
1★: tem potencial.
2★: gostei mas não recomendo.
3★: bom pra cacete.
4★: top jogos ever já feitos.
5★: sou EXTREMAMENTE GRATO pelo privilégio de jogar esta maravilha.
2★: gostei mas não recomendo.
3★: bom pra cacete.
4★: top jogos ever já feitos.
5★: sou EXTREMAMENTE GRATO pelo privilégio de jogar esta maravilha.
Aviso logo que sou extremamente pouco rigoroso com jogos, se faz o básico eu já tou feliz.
E só dou nota na virada do ano, porque sim.
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746
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Veredito: Mistério criminal top de linha.
Quando pára pra pensar, Ace Attorney é quase um milagre. O original era EXTREMAMENTE de nicho (que inclusive demorou uns anos pra lançar fora do Japão), de um gênero nada popular e com temas praticamente inexplorados no mundo dos jogos, feito por uma equipe de menos de 10 pessoas liderada por um carinha que tinha trabalhado em pouquíssimos projetos antes deste. É um jogo que reutiliza sem dó fundos de cenário, animações, músicas, efeitos sonoros, tudo o que precisar para conseguir focar no que interessa: as tramas e os personagens. Que um joguinho quase de fundo de quintal assim tenha ESSE NÍVEL ABSURDO DE QUALIDADE e conseguiu sucesso o bastante pra virar uma franquia com 8 jogos espalhados em um milhão de plataformas... bom, é quase um milagre.
Pra quem nunca jogou, é uma sequência de 5 casos de assassinato protagonizados por um advogado iniciante. Seu objetivo é conseguir evidências fora do tribunal em seções de aventura gráfica apontar-e-clicar, para provar a inocência do seu cliente dentro do tribunal em sessões de visual novel. Toda a jogabilidade se resume a PENSAR. Todas as testemunhas sempre mentem para incriminar seu cliente, e seu papel é comparar o que elas falam com as evidências disponíveis para expôr as contradições. Logo no tutorial você tem um assassino que testemunha contra o seu amigo de infância e a arma do crime é uma mini-estátua pesada pra caralho d'O Pensador que na verdade é um relógio e que tá com o horário desatualizado... E o roteiro só vai ficando cada vez mais cabeludo.
Os dois primeiros casos são espetaculares, o terceiro é bem bom, e os dois últimos são PUTA QUE PARIU GENIAIS. É impossível terminar o quarto caso sem sentir um profundo respeito pelo relacionamento sincero entre Phoenix, Miles, Larry e as irmãs Fey. Sem admirar a dedicação com que todos fazem seu trabalho e lutam pelo que acreditam, por mais antagônicas que possam ser as posições em que se encontram nesse ou naquele momento. O incidente DL-6 de 15 anos atrás, e todas as suas consequências, é tratado com maturidade e sensibilidade. E quando você acha que não poderia ficar melhor, o jogo te taca um 5º caso de epílogo pós créditos do mesmo nível de qualidade do 4º, com novos personagens extremamente empatizáveis e que explica muito bem todos os rumores por trás do suposto antagonista do jogo.
O jogo tem defeitos, óbvio. Mas fora a sexualização exagerada de uma médium adolescente, aquele fetiche básico de pedofilia com toques de necrofilia, fica realmente difícil mencionar algo que eu não passe pano por causa dos bastidores do jogo. Cara, eram menos de 10 pessoas, o roteirista era também diretor e faz-tudo, é claro que iam ter tropeços.
Se tu nunca jogou, pode ir sem medo. Não vai ser perfeito, mas vai ser bom pra caralho.
Veredito: um jogo de puzzle muito decente, mas com um cliffhanger desgraçado.
The Room funciona muito bem pro que ele quer ser: um jogo escapar-da-sala invertido, que ao invés de achar a saída você tem que conseguir abrir uma caixa. Os puzzles são bem bons, difíceis na medida certa sem ficarem insanos, e o uso da tela de toque é EXCELENTE. A cada etapa vencida você se sente o próprio meme do cérebro em expansão, e ainda rola uma história por trás sobre um pesquisador que estava estudando alquimia clássica, com uma atmosfera de mistério muito maneira... até que do nada você zera e o jogo fala "depois tem mais, falou valeu". Pois é, este aqui é o primeiro numa franquia de (até onde eu saiba) 5 títulos.
Eu não tenho nada contra jogos curtos. Pelo contrário, acho que jogos longos precisam trabalhar muito mais pra justificar o tamanho deles. O problema não é esse. O problema é picotar o conteúdo pra ser mais lucrativo, muito parecido com o que a Telltale fazia com o formato de episódios. Não é uma simples continuação. Imagina você ler um livro e ter que pagar por cada capítulo individualmente, este jogo é exatamente isso Versão Videogame™.
Porra, Fireproof, você tava tão perto! Por que foi fazer cagada bem na reta final?!
Veredito: Muito estranho, mas é bom, só não precisava ser Sonic.
Imagine Sonic 3D Blast. Agora imagine Sonic 3D Blast sem sessões de plataforma, sem a sensação de velocidade, e com foco em puzzles de explorar a sala, a la Zelda. Este jogo é literalmente isso.
Você não tem pulo, só spindash. Você não corre, só anda e dá spindash. Cada fase tem só um objetivo: encontrar 3 chaves e depois achar a saída dentro do limite de tempo. E rolam umas fases bônus pelo caminho. O limite é sempre bem curto mas as fases são bem rápidas (de 30 segundos a 3 minutos por fase) então isso nunca vira um problema. É um sistema bem arcade, próprio para um portátil sem sistema de salvar: você tem que ser rápido na busca pelas chaves e ter um bom senso de direção. Tem até um extra no final pra quem zerar de perfect.
Os puzzles e labirintos são decentes, os inimigos e chefes são bons o bastante. Com exceção das últimas 2 ou 3 fases, que são obtusas pra caralho e que cada chave tá escondida atrás de 5 bullshits diferentes, a priori este era pra ser um jogo sólido.
O único problema mesmo é... cara, por que isso é um jogo do Sonic? Não é só a jogabilidade. Mas toda a parte visual, sonora, o enredo, os chefes, nada aqui lembra Sonic. Eu não acho ruim os spinoffs da franquia serem experimentais, não ligo mesmo. A lentidão de Tails Adventure e as mecânicas de Sonic Spinball não me incomodaram em nada. Mas esses jogos ainda pareciam spinoffs de Sonic, por mais defeitos que tivessem eles ainda davam a sensação de fazerem parte desta franquia.
Sonic Labyrinth só dá a sensação de um jogo bacaninha que poderia ser qualquer coisa, mas enfiaram Sonic pra ver se vendia mais. E esse, pelo menos pra mim, foi o grande calcanhar-de-Aquiles dele.