Definitivamente um dos jogos já feitos pela Ubisoft.
E não, não comento isso pela zueira, mas sim pela grandiosidade da minha pi... digo, digo... da grandiosidade que é esse jogo. Colocaria tranquilamente no meu "TOP 3 Jogos de AC que já Joguei". Essa era uma época de ouro tanto pra Ubisoft quanto para a saga.

Aqui vivenciamos uma pequena parte importantíssima na vida do corsário, que mais tarde viria a se tornar um pirata, Edward Kenway, avô de Connor Kenway (protagonista de AC 3), e nela iremos assistir e sentir as motivações desse personagem que giram em torno unicamente da condição financeira. Até porque era o seu objetivo inicial: Reunir uma grana e voltar para o País de Gales ao lado de sua esposa.

Mas é óbvio que pobre não tem um minuto de paz. Ainda mais em épocas tão desfavoráveis... me lembra algo.

A princípio gostei de Edward, ele me comprou com seu carisma. Sabemos que, pra quem jogou ou assistiu algo sobre o jogo, o personagem não tem lá das melhores intenções e motivos nobres iguais aos outros personagens cronologicamente numerados, mas mesmo com tais "defeitos" morais e sociais acabamos nos interessando ainda mais por ele, sua tripulação e jornada... na verdade, aventura.
De pouco em pouco vemos o protagonista se socializando com outros piratas em Nassau e fora dela, vale destacar os seguintes personagens: Adéwalé e Mary Read.
Mas por que destaquei eles? Pois são esses dois que florescem e desenvolvem o Edward como pessoa, e isso é muito valorizado ao longo da história. Caso você queira saber o que é uma amizade, aprenda com esses dois, pois os mesmos apontam os erros de Edward e estendem as mãos para que assim ele amadureça.

Desde o começo Edward tem questionamentos presentes em sua mente, mas após uma série de acontecimentos tristes, ele começa a realmente se sentir quebrado. "Será que essa era a vida que eu queria?"
Uma frase que parece ser simples, mas que muitos não conseguem responderem com 100% de convicção até hoje. Mesmo que você tenha conquistado muita fortuna ou posse de bens materiais, ainda não estará satisfeito e quer ir além... porém, chegará em um momento que você se questionará se era isso mesmo que queria.

Agora falando de gameplay:
Com toda certeza é a que envelheceu melhor.
Sim, me apedrejem, mas estarei convicto no fim.
A vegetação pode vir a ser melhor, mas quando você está concentrado em apreciar os mares, construções e personagens isso fica em segundo plano. Os comandos respondem bem, as formas de eliminações e furtividades são bem simples de entendermos (não quiseram extrapolar), as batalhas navais brilham nesse jogo de uma maneira que... nossa! São fantásticas. Você sente que o Gralha não irá aguentar mais um dano severo, você sabe que tal ponto no navio inimigo é o melhor para obter vantagem e você sabe que o seu navio é sua espada e escudo.

Agora de multiplayer... assim, uma das piores experiências cooperativas que já presenciei. Não tem muito o que fazer além de upar habilidades e ficar farmando.

Bem, pra fecharmos esta review:
Acredito que quando alguém joga algum título com história essa pessoa se jogue de cabeça. Seria como ler um bom livro com enredo riquíssimo. E aqui não desaponta.
A cada vitória, a cada alegria momentânea e a cada dor de uma perda querida sentimos isso. Cada uma delas.
E o final me quebrou de uma maneira positiva, tanto que me fez questionar quem estava cortando cebola no meu lado. Você segue a vida de um homem que enfrentou diversos obstáculos no mundo se favorecendo de táticas cruéis conseguindo uma redenção é de se sentir aliviado e realizado.

Reviewed on Nov 01, 2023


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