Já adianto, esse jogo não é perfeito.
Antes que alguém venha me querer sob à sete palmos abaixo da terra, saiba que os únicos defeitos que pude colocar na lista foram os seguintes:

- Reciclagem de inimigos. Falando em um português BR franco, é bem broxante você passar dificuldade, ou não, em algum boss em dungeon pra mais tarde ele ser encontrado como um inimigo comum ou vice-versa;
- Limitação gráfica. Tá, onde eu quero chegar? Basicamente, parece que estou jogando DS3 em mundo aberto. Não estou menosprezando a ambientação, lutas e efeitos no geral, só em algumas partes que você se pega no pensamento de "não faz parte do conjunto".
- Cansaço pelo mundo aberto. Depois de um bom tempo explorando, você acaba percebendo que certas áreas não irão te trazer uma novidade tremenda, tipo "ah, tem inimigo aqui, dungeon ali, mais uma tartaruga gigante, mais um dragão reciclado ali e... só." Entendo que o mapa não pode ficar vazio, mas tem que ter uma certa dosagem na mesmice.

Agora vamos para a área mais safe de comentar... gameplay.
Com toda certeza a mais viciante possível em um jogo da FROM SOFTWARE.
A possibilidade de criar/copiar builds, resetá-las, derrotar um boss de tal jeito e depois de outro em outra jornada, ou na mesma caso esteja passando sufoco, é algo muito satisfatório. E quando você mistura feitiços e elixires diversos, só tende a criar mais opções de combate ou humilhação para o boss.

A ambientação das Terras Intermédias é algo belo.
Logo na área inicial você tem o vislumbre da Térvore cobrindo boa parte de sua visão aérea, definitivamente um "tome brilho na face."
Cada lugar tem uma estória a ser contada, típico da fórmula FROM/Miyazaki, tem alguns que você nem acaba indo por nem ter se ligado que tinha uma possibilidade pra tal ação ou por estarem restritos a side quests de certos NPC's.
Acredite, você passará um bom tempo explorando até enjoar e querer ir atrás de um desafio maior... cof, cof Malenia.

A dificuldade dependerá da sua capacidade de aprendizado dentro do jogo, seu nível e, se for sem paciência, o uso de farms de runas. E caso queira um "modo fácil", jogue de mago... deu até um arrepio.

Tá, mas ele inova?
Sim e não.
Muitas coisas já tinham nos outros souls, só que outras vieram em Elden Ring.
Ex:

- Mundo aberto;
- Progressão de personagem;
- Variedades de combates contra os inimigos;
- Algumas batalhas envolvem sua montaria. Só que nessas você pode só ir a pé, mas fica chato... ah é, sua montaria tem double jump, mas é bem enganoso, pois você acha que vai estar seguro se usar esse recurso um tantinho antes de cair de uma altura elevada e quando menos percebe, seu personagem foi de arrasta pra cima;
- Summons roubadas;
- Trilhas sonoras do c@ralho;
- Fator replay espetacular. Não estou nem zuando, nessa época, a última vez que senti tal prazer foi em Shadow of the Colossus e Journey. Que por sinal eu acabo voltando pra eles em algum momento e não enjoa. A mesma situação ocorreu em Elden Ring e com certeza vai continuar.


Ah, uma menção honrosa que acabou virando uma cicatriz pessoal pra mim:
Malenia.
O meu Nemesis desse jogo.
A 1ª vez que joguei Elden e fiquei sabendo dessa personagem, eu não sabia que estaria indo para o purgatório. Não estou brincando, 10h nessa desgraça respeitável.
Foi uma boa jornada com finalzinho feliz depois de ter transmitido por três dias essa luta pra um amigo.
Só que em 2023, eu fazendo o meu NG+, chegando na arena dela, acabou indo de primeira. Eu fiquei incrédulo ao ponto de rir brevemente.
Mas bem, depois de chegar ao NG+3, ela não apresentava tanta dificuldade com build de sangramento adotada no NG+.

O meu veredito para tal jogo é o seguinte:

Apesar dos seus problemas citados, ele acabou se tornando um dos meus jogos preferidos.
Possa ser que a FROM se supere e crie algo melhor, mas por enquanto Elden Ring tem uma história de espinhos e conquistas comigo.

E espero que venha uma DLC o mais breve possível.

Reviewed on Nov 01, 2023


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