F.E.A.R (First Encounter Assault Recon) é hoje um dos clássicos dos jogos de "terror" com ficção científica e um dos mais baratos que você pode encontrar nas lojas digitais que ainda o vendem, desde aquela época que o joguei pela primeira vez há muito tempo atrás, eu sempre gostei da ambientação e da temática desse game com essa vibe meio "O Chamado (2002)"/"O Grito (2004)" da própria vilã "Alma" e algumas adições a questões de ficção científica como os soldados "Replica", que são humanos clonados e manipulados psiquicamente pelo outro vilão tão ameaçador e interessante quanto, "Paxton Fettel", que ambos compartilham do mesmo tempo de tela e entregam bem a ameaça necessária de um vilão como esse nesse jogo.

  A dúvida é se dá para chamar esse game de um jogo de terror, porque de fato ele não dá medo e todo o progresso vai abordando maneiras que afastam a aproximação do "terror" que poderia ter tido, mas que não desagrada à experiência de certa forma por ter uma história legal e ainda com uma ambientação pesada/densa bem inserida, mas que é mais um jogo de tiro mesmo levado com uma outra pegada de ficção científica e de aventura que apenas adiciona essa base leve de terror, tanto que toda vez que aparecia a Alma ou qualquer "jumpscare" que poderia ser na tela, eu literalmente só passava tranquilamente depois disso e quase nenhum, com exceção de um, realmente me assustou. Toda a campanha também poderia ter sido mais curta, mas mesmo assim a trama e a construção compensa e os leveis são ótimos com uma variedade boa até o final do jogo que deixa você interessado e imerso nela.

  Único ponto que incomoda é o tamanho das legendas, que são minúsculas e que não encontrei alguma opção nas configurações para aumentá-las, fora que como se trata de um jogo antigo, não tem tradução oficial PT-BR. Porém, tirando isso, o porte desse game na Steam está ótimo hoje em dia, onde joguei em 144 FPS o jogo todo, e não tive nenhum problema ou gargalo/queda de FPS no meu PC. Além de que, para quem deseja saber, o jogo todo é divido em "Intervals" (Intervalos), que são 12 ao todo, se contar o epílogo final como um.

Em resumo, o jogo é bom se for levado como um game de tiro de ação/aventura com uma base leve de terror, que se for com a mentalidade de querer jogar um jogo que de fato irá te dar medo, então provavelmente você irá se frustrar, além de que, apesar da gameplay ter datado um pouco, ainda diverte e vale a pena, na minha visão, onde o destaque é todo na Inteligência Artificial de, por exemplo, o como os inimigos reagem até a uma simples lanterna ligada poder entregar sua posição. Outra coisa legal também é o tal "Slow Motion" do Max Payne ter sido inserido, que é muuuito divertido de usar e tem até que sutilmente uma explicação na história para ela existir dentro do game.

Reviewed on Nov 29, 2023


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