Tales of Xillia 2 é uma sequência estranha. Assim como o primeiro jogo, Xillia 2 também é um JRPG com notáveis pontos fortes em meio a alguns poréns, mas de uma forma diferente de seu antecessor. O combate aqui continua tão fluido e gostoso quanto no primeiro, apesar da falta de poder trocar os personagens do grupo na batalha e no overworld ser um saco. Eu ouvia dizer que esse era um dos mais difíceis da série Tales, e eu não achei ele tanto assim quanto dizem. Se tratando dos chefes eu concordo com essa afirmação, mas achei que os inimigos normais continuam mamão com açúcar e a estrutura menos linear e mais aberta desse jogo não ajuda muito nisso, visto que é super fácil estar com 10 ou 20 níveis acima deles. As partes mais controversas do Xillia 2 são sua história e sistemas adicionais. O enredo, apesar de ter alguns momentos marcantes, é sufocado por uma estrutura episódica que não flui de forma orgânica, e mesmo os veteranos do Xillia 1 continuarem legais, os novatos faltam um tempero a mais. O sistema de dívidas que força o jogador a pagar uma agiota pra prosseguir é algo que separa as crianças dos adultos, e é compreensível o porquê de ser criticado, mas ele só foi um problema pra mim no começo, visto que é fácil ficar cheio da grana mais a frente e me incentivou a estar em sintonia com o game, mas nem isso o torna imune à críticas, pois eu tive mais problemas com a agiota interrompendo a jogatina pra te forçar a pagar do que precisar pagar pra progredir (felizmente, na reta final dá pra pagar a dívida sem obrigação). O maior problema pra mim foi o sistema de escolhas, onde o game diz que elas importam, sendo que 95% delas não importam e recorrem a atalhos preguiçosos. Enquanto a história principal é um tanto truncada, as Character Quests fazem um bom trabalho em desenvolver os personagens e dão uma boa continuidade pros arcos dos veteranos do Xillia 1. Tales of Xillia 2 não é para qualquer um e só serve para aqueles que amam o primeiro, tem pontos em que ele é melhor que o 1 e outros não, e complementa bem o seu antecessor nesse sentido e mesmo com suas decisões estranhas, não o torna menos bom.

Prós: Direção de arte tão boa quanto a do primeiro; Character Quests; A temática urbana de Elympios é legal e se destaca dos mundos dos outros Tales; As Dimensões Fraturadas são bem legais; Certos momentos do enredo são incríveis; Boa dublagem; O combate continua fluido como sempre; chefes desafiadores; tem um pós-game decente.
Contras: A trilha sonora continua bem qualquer coisa (apesar de algumas músicas novas serem legais); Elympios só tem 4 cidades; Estrutura narrativa truncada; As dívidas são bem 8 ou 80; Escolhas que mal importam.

Reviewed on Dec 21, 2022


Comments