Spring Leaves No Flowers me deixou muito feliz. Enquanto o 2° jogo da trilogia era mais do mesmo, esse 3° muda muito. Dessa vez, a protagonista é a Manami e a história é sobre as suas dificuldades em descobrir as suas preferências. A troca de protagonista aqui é bem melhor utilizada do que no anterior e abre perspectivas muito bem vindas. Nos outros 2, a Manami era aquela amiga solidária mas meio ingênua, e vendo o seu ponto de vista, ela é tão cheia de ansiedade quanto as outras 2 e isso a deixa mais humana. A forma que retrataram ela se descobrindo foi o que me deixou feliz nesse jogo. Eu sou arromântico e assexual (vulgo: aroace), e quando vi que a história se tratava sobre essas identidades em específico fiquei animado, ainda mais porque aroaces tendem a ser pouco discutidos. As dificuldades de se assumir como tal e se abrir foram mostradas com muita delicadeza e sinceridade, e me identifiquei com a Manami nessa parte. Uma adição muito boa, foram as escolhas riscadas, pois reforçam os temas da história de uma forma interessante, sendo essas as opções que Manami mais tem medo de falar. Spring Leaves No Flowers pode não ter mudado a minha vida, mas me deixou contente com o que me mostrou e me faz querer mais histórias sobre se assumir como essa daqui.

Prós: Mostra um processo de se assumir com muito respeito; Manami ficou bem desenvolvida; Escolhas riscadas; Leitura não tão cansativa; Estilo de arte bem fofo.
Contras: Alguns errinhos de tradução no PT-BR.

Reviewed on Jan 31, 2023


Comments