Depois de olhar um pouco a categoria de JRPG do Steam e encontrar Trails in the Sky em promoção, vi que ele era um jogo bem barato e comprei. Mas eu não fazia ideia do que me esperava, visto que eu gosto de jogar tudo no modo cego, sem ler sinopse, talvez vendo umas imagens mas acaba aí. E então eu cai de paraquedas aqui, antes de começar a jogar eu não fazia ideia o que era The Legend of Heroes, mas eu fico muito feliz que eu aterrisei nesse lugar. Eu não faço ideia de como a série vai seguir, ou se vai manter o padrão de qualidade em 9 jogos, mas eu não ligo, porque eu vou jogar de qualquer jeito.

Esse foi um jogo muito divertido de ter jogado, ele tem uma vibe muito distinta que é muito difícil de se encontrar, sendo quase um Zelda com esse sentimento caloroso e receptivo, parecendo que quer você ali dentro e ama sua presença. Eu gosto muito de Zelda, mesmo não tendo jogado muitos jogos eu tenho um carinho bem grande pelos jogos que eu realmente joguei, então foi muito aconchegante jogar esse jogo e em alguns momentos relembrar as minhas aventuras em outros jogos que eu também gosto muito. As músicas são muito gostosinhas de se escutar, teve momentos que só de começar uma track nova eu parei pra escutar até a parte em que o loop aparecesse.

Por boa parte do jogo, ele é muito sobre ir em locais e resolver coisas, e por mais que num grande esquema seja meio desinteressante, uma história só sendo uma história é algo que eu gosto muito, então a parte que chamam de "chata" nesse jogo pra mim foi muito divertida de se jogar. Sim, ela tem um pacing muito lento e muitas vezes não parece ir pra onde ela quer ir, mas ela serve muito bem pra construir o mundo e os personagens. A parte mais interessante falando de forma mais crítica é o último capítulo, onde as coisas começam a tomar forma, mas de maneira alguma eu criticaria o restante dele porque foi o que me fez me apegar ao jogo como um todo.

O sistema de magia é muito divertido, tem sua complexidade sim e de começo parece que tem mais coisa do que deveria, mas quando você realmente entende como funciona o sistema dos cristais ele flui muito bem. O combate em si é bem rápido, parte disso por conta do modo turbo que o jogo oferece que funciona bem demais. Ele não é um Persona 5, mas se sustenta bem até demais. A única ressalva é o HUD que é meio estranho, mas aparentemente nos próximos jogos ele fica bem mais polido. Eu acabei de jogar Persona 1, então vir pra cá que tem um sistema de tiles que realmente funciona foi como tomar um galão de água depois de jejuar em um deserto.

O gráfico dele é muito bonitinho também, de começo é meio estranho já que a resolução de algumas coisas não batem com outras, mas quando você se acostuma ele vira um jogo bem bonito, principalmente porque ele mistura muitos estilos, tipo Xenogears, que é provavelmente o jogo que eu considero mais lindo do primeiro Playstation.

Dito isso, o final desse jogo é do cacete e caiu lágrimas, e eu fico bem ansioso pra o que vem depois. E desde já eu expresso meu desafeto por Cold Steel, que parece um jogo muito ruim. Grato.

Reviewed on Mar 05, 2023


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