Um mês antes do jogo sair, meio que tava todo mundo com um pé atrás, né? Eu certamente estava. Mas feliz demais que a Nintendo só tava metendo o maior migué esquecendo de fazer marketing decente.

Acho que a sensação que melhor descreve TotK pra mim é de "segunda metade". Sabe aquele anime ou série que você começa a ver, tudo é simples, os problemas não parecem tão grandes e a narrativa é calma e cheia de possibilidades? E aí vira uma chave, algum grande evento coloca a história pra correr numa direção e tudo começa a ficar mais "sério" e focado? É como eu me sinto em relação à BotW e TotK. A sensação de "aventura", a expectativa da descoberta que eu tinha no BotW aqui deu vez ao "qual é minha próxima tarefa". A cada esquina tem uma pessoa nova pra ajudar, um monstro novo pra caçar. E eu não digo isso de um jeito ruim, eu acho que funciona muito bem justamente por já conhecer esse mundo. Descobrir o que mudou em cada um dos lugares é uma diversão por sí própria, a variedade de coisas pra se fazer e os jeitos como você pode resolver tudo é fenomenal.

Eu fiquei especialmente contente com as dungeons, que ainda são bem simples e estruturalmente não diferem tanto do jogo anterior, mas dão um passo gigantesco no quesito temática e fantasia. São todas muito legais e visualmente únicas.

O jogo peca demais na continuidade do próprio BotW, que é de longe a coisa que mais me irritou. Não ligo pra isso no geral, principalmente em Zelda, mas como pode uma sequência direta errar tanto nisso? É quase como se eles se esforçassem pra foder o rolê. Mas a história isolada que TotK entrega é contada de um jeito muito legal. E é tudo um baita espetáculo visual.

Tears of the Kingdom é um ótimo jogo. Mas eu espero demais que eles não reciclem essa fórmula de novo.

Reviewed on Jun 16, 2023


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