Poucos jogos foram capazes de me deixar num estado constante de agonia e tensão como ECHO.

Essa é uma literal experiência única dentro da mídia, que sobressai e complementa-se diretamente por toda limitação técnica e orçamentária que pode ser considerada um empecilho a quem decida jogar.

Todo cenário caminha na entrelinha entre um delírio febril e uma maestria arquitetônica jamais alcançável. São infinitos corredores, salões e ambientes liminares que desafiam a noção de espaço e te colocam dentro do que só pode ser descrito como uma grande esquizofrenia. O senso de encanto aumenta exponencialmente a cada capítulo, e por mais que a estrutura geral possa muitas vezes ser repetitiva, não tira a criatividade imposta em sua execução.

A mecânica principal é simplesmente brilhante, e se complementa de forma tão natural com o que o jogo lhe permite fazer em gameplay que fico com uma imensa dificuldade de colocar em palavras tudo que me cativou. Há uma constante calculação do que é possível fazer em cada ciclo e como você se coloca em desvantagem para se colocar em vantagem. Há que considere as ações disponibilizadas simplistas, mas não, são decisões conscientes que não funcionariam de outro jeito. O quanto o jogador está limitado casa com a tensão causada por ECHO, que te coloca como pivô decisivo do que você enfrenta e um oponente exatamente igual ao desafio apresentado. Simplesmente MAGNÍFICO.

ECHO é um dos jogos mais visual e mecanicamente criativos que já joguei, e um que ficará marcado em minha memória por anos a vir.

Reviewed on Dec 30, 2023


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