This review contains spoilers

O Life is Strange mais chocho e capenga feito até agora.

Eu acho que a série LiS tem características que fazem dos outros jogos menos sem sal, mas não se engane, chocho ainda não significa que o jogo é ruim ou que é o pior, é apenas apagado (O PIOR É O LiS 2). Deixa eu explicar melhor:

LiS é marcado pelo seu formato episódico que existia com um propósito e criava uma limitação que obrigava o roteiro a criar ganchos e situações mais comoventes ao final de cada capítulo para estimular a compra do próximo, aqui isso quase não acontece. Com exceção do primeiro capítulo, todos seguem bem mornos, sem ganchos potentes para os próximos. O formato episódico aqui existe apenas para ter saltos temporais e não pra valorizar a história.

A jogabilidade desse também é a mais linear, o poder aqui existe apenas para dar continuidade à narrativa extremamente linear na nossa frente. Você pode argumentar que todos os LiS são lineares, mas acho que principalmente o primeiro, usava o seu poder para enganar melhor o jogador e dar impressão de liberdade e decisão. Nesse jogo também existem poucos momentos de quebra do padrão de jogo: temos aquele momento RPG, e alguns outros onde temos que juntar pistas, mas que perdem muito o brilho por serem bobos demais (aquele capítulo do RPG é um porre).

Por último preciso falar sobre as relações, por que LiS sempre foi sobre isso. Em todos os outros LiS eu consegui me importar, me apaixonar e odiar os personagens, em True Colors essa relação é construída de forma artificial - toma, engole aí, esse são seus amigos, aceita - não consegui me importar com nenhum personagem do jogo, exceto a Steph e o Jed um pouco, o resto podia morrer junto com Arcadia Bay kkkkkkk.

O jogo é bonito e tem uma boa trilha sonora (isso é obrigatório), mas não evolui tanto assim nos aspectos técnicos, tendo ainda loadings gigantescos para carregar salas minúsculas, movimentação capada, etc.

Reviewed on Sep 15, 2022


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