pra mim jogo clunky ambicioso é uma delícia. e esse jogo era tão ambicioso que quando eles notaram que não tinha chance alguma disso rodar bem em pcs da época eles tiveram que repicar o jogo aonde dava. isso leva a umas peculiaridades visuais interessantes como as constantes aparições das árvores que não estão grudadas ao chão.
mas eu acho que a grande parte das ideias de design que eram genuinamente inovadoras, apesar de inconvencionais, ainda funcionam: o jogo não precisa de uma hud, visto que a sua munição é contada em voz alta pela protagonista e seus pontos de vida estão marcados em uma tatuagem feia no corpo dela, o qual você controla em primeira pessoa. eu também gosto do sistema de ossos, por mais que esse seja o aspecto mais cômico do jogo, onde você controla seu corpo manipulando os membros que deseja utilizar. isso significa que você pode mirar a sua arma sem precisar de mexer seu ponto de vista, dando um certo desafio maior pra quando um dinossauro está te atacando e decide empurrar a sua arma com a cabeça dele, te forçando a tentar realinhar ela para conseguir acertá-lo. eu gosto também que os dinossauros também se movem nesse mesmo sistema, o que significa que eles mexem individualmente as pernas para se locomover, muitas vezes se enrolando no processo e caindo no chão.

por mais que grande parte do meu apreço com o jogo se deve à clunkyness, são poucos os jogos que se dedicam a fazer sistemas inconvencionais que oferecem um nível maior de controle de seu corpo dentro de um videogame, e controlar a personagem é engajante quando você se acostuma. eu só não consigo elogiar mais pela da fase da cidade envolver puzzles de plataforma em primeira pessoa que me deixaram genuinamente nauseada. fora isso é um jogo que eu adoraria revisitar pela vibe imaculada de andar por aí numa selva tropical abandonada com o ocasional dinossauro vindo te morder. sabe como é

Reviewed on Jul 09, 2023


Comments