No fim dos 1980 e início dos 1990 os jogos de Arcade entraram numa disputa tácita para ver quem conseguia levar os o suporte 2D da mídia ao seu extremo. Os jogos de navinha e de tiro foram os maiores expoentes dessa disputa, sempre enchendo a tela com o máximo de inimigos, o máximo de explosões, o máximo de balas, o máximo de tudo, numa sinfonia caótica que era um deleite para os olhos mas nem sempre para as mãos. O importante mesmo era por uma infinidade de coisas na tela; o que fazer com essas coisas e como interagir com elas era secundário. É só atirar até não sobrar nada, certo?

GunForce II cai direitinho nessa armadilha. Seu foco em encher a tela com "o máximo de tudo" é tão grande que nem ele se aguenta - certos momentos sofrem com slowdowns, algo preocupante para uma mídia com hardware de grande desempenho feito sob medida como os Arcades. O resultado não é exatamente desagradável, mas é raso. Depois da impressão inicial de "uau, realmente colocaram um tantão de coisas na tela", não resta muito para te fazer voltar ao game - algo preocupante para uma mídia com foco em partidas curtas e que tenta te incentivar a jogar várias vezes, como os Arcades.

Reviewed on Jan 03, 2022


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