This review contains spoilers

No meio do ano passado, eu joguei e zerei The Witcher, pois sempre tive intenção de jogar The Witcher 3, mas eu queria ter toda a experiência na ordem cronológica. Esse ano, peguei o The Witcher 2 pra jogar e continuar nessa aventura. Posso dizer que eu gostei do que vi, com algumas ressalvas, mas achei que ele entregou uma experiência que eu esperava depois do que eu vi no primeiro jogo.

A história de The Witcher 2 continua quase que imediatamente após o epílogo de The Witcher, quando Geralt salva o Rei Foltest de um assassino e começa a trabalhar como uma espécie de guarda-costas/amigo do rei. O jogo começa com Geralt preso, sendo interrogado pela morte do rei, e isso me deixou muito confuso no início, mas depois percebi que seria revelado o que aconteceu através de flashbacks. Essa dinâmica foi interessante (até achei que o jogo inteiro seria assim, se não me engano tem um Dragon Age que é nesse estilo), além de ser um modo criativo de introduzir um tutorial e uma ambientação.

Foltest é assassinado por um careca que parecia um Witcher e isso deixa Geralt extremamente intrigado, ainda mais porque ele foge com um bando de scoia’tael. Ei, no The Witcher 1, eu ajudei esses caras, que história é essa? Mas não há tempo para explicações, Geralt vai pra uma cidade portuária chamada Flotsam com seu contatinho, Triss Merigold (ei, eu escolhi a outra no primeiro jogo, minhas escolhas não são importantes pra você, Geralt?), e o seu interrogador, que, por algum milagre, acredita quando Geralt diz que ele não é o assassino do rei. O problema é que todo o resto do reino acha que ele matou sim, e assim Geralt vai de “amigo do rei” pra mais uma vez “mutante esquisito que merece ser linchado”.

Ao longo da história, Geralt relembra algumas coisas de seu passado e investiga sobre o Wild Hunt, o que já vai engatar no enredo do próximo jogo, eu imagino. Além disso, tem toda uma série de questões políticas sobre magos e reis fazendo guerras uns com os outros. Confesso que essa parte me deixou um pouco confuso, sempre falavam uns nomes esquisitos que eu não lembrava ou não sabia e o mapa é um dos piores mapas de RPG que eu já vi, dificultando a minha compreensão geográfica do reino como um todo.

Mecanicamente, o jogo é bastante desafiador. Eu acabei jogando no modo mais fácil porque me foi recomendado assim baseado no meu desempenho no tutorial, porém, mesmo no modo fácil, The Witcher 2 me fez morrer algumas vezes. Além das batalhas com algumas dinâmicas diferentes do primeiro jogo, há também missões stealth, e eu sinceramente achei muito divertido nocautear os guardas e ir apagando as tochas pra me esconder no escuro.

Uma mudança significativa do primeiro jogo foi a mecânica de meditação. Antes, o Geralt só podia meditar em uma estalagem, ou numa casa segura, agora literalmente qualquer lugar serve pro Witcher fazer seus rituais de fabricar e beber poções. Ainda não curto a ideia de ter que sentar pra poder beber uma poção, mas acho que já me acostumei.

The Witcher 2 é relativamente curto, se comparado ao primeiro, mas que possui os aspectos que me fizeram gostar bastante da franquia: um sistema de batalhas e magias simples e direto, um ar de investigação policial, diálogos interessantes e muitas vezes engraçados e, claro, ficar algumas horas olhando pra bunda do Geralt.

Reviewed on Feb 24, 2024


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