as vezes parece q nada nesse mundo é sagrado.

as pessoas são violentas, vis, cruéis, quase sempre propensas a oferecerem o seu pior por muito, muito pouco. sangue é derramado, e apenas depois de muito tempo são capazes de refletirem sobre as consequências de suas ações.

é meio q sobre isso q esse jogo é. sobre o tempo. sobre como a história de um lugar está sob constante transformação. sobre como velhas feridas podem se tornar apenas distantes memórias. sobre como velhas feridas podem gangrenar e se mostrarem mortais. pentiment tem muitos temas, mas acho q esse foi o q me pegou mais. o tempo tem poder demais sobre as nossas vidas.

eu gosto como esse jogo tem respeito pelo período histórico em q ele se passa. ele se dá ao trabalho de humanizar cada pequeno habitante de Kiersau. cada um é capaz de amor, carinho, diligência, inveja, cobiça, violência, luto. ele não romantiza o período como outras obras q se dizem "historicamente corretas", mas aproveita a pesquisa meticulosa de consagrados medievalistas para nos mostrar como a humanidade de 500 anos atrás n era tão diferente assim da q a gente conhece hj em dia.

eu poderia ficar babando ovo desse jogo por alguns parágrafos. não acho q seja lá muito necessário, pois acho q já ficou claro q amei praticamente tudo nele. antes de qualquer coisa, é um ótimo mistério medieval, Umberto Eco ficaria orgulhoso. a apresentação dele é maravilhosa e torna a experiência de gameplay bem mais agradável. se fosse pra reclamar de alguma coisa, é q o vai e volta pelo mapa as vezes pode se tornar meio entediante. ir de um canto pra outro na abadia pode ter até uns cinco loadings e isso é meio q demais.

mas enfim, eu amei esse jogo. eu amei Kiersau, tanto seus habitantes quanto a sua história.

vou sentir saudades de um lugar q nem sequer existe. arte é uma coisa doida.

Reviewed on Nov 11, 2023


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