A melhor surpresa do ano!
Dodgeball Academia apareceu do nada na minha vida, durante uma conferência da E3 e pouco tempo depois foi lançado. E ainda veio direto pro game pass, o que possibilitou com que eu pudesse jogar já no lançamento.

É dessas coisas que eu não sabia que precisava tanto, até saber que existia. Desses jogos que parecem ser feitos especialmente pra mim.

Essa coisa meio Mario Tennis do GBA (de um rpgzinho de esporte) me cativou logo de cara, o lance pokémon era algo que eu não esperava, mas fez bastante sentido dentro do jogo e criou uma camada de estratégia simples, mas divertida. E a escolha do esporte, que é algo que todo mundo tem carinho e um esporte tão pouco explorado em jogos.

Achei que todas as mecânicas conversaram bem entre si. Essa salada de frutas poderia não funcionar, mas tudo é bem encaixado. O ato de jogar queimada em si é muito divertido. Começa simples e vai evoluindo com poderzinhos, personagens com habilidades diferentes, itens para modificar os status.

Eu entendo que para alguns pode ser repetitivo. E mais pro final a quantidade de batalhas é meio demais mesmo. Porém, eu nunca enjoei. Fiz tudo no jogo (com a exceção do desafio do submundo, que tentei vencer diversas vezes, mas não consegui). Mesmo com a sobrecarga de batalhas no final eu ainda me divertia jogando elas. É um jogo perfeito pra jogar um pouquinho por dia e foi o que eu fiz.

E eu tenho pena de quem não entende Português do Brasil, porque a maior parte do charme desse jogo está nos diálogos maravilhosos. Usei o modo de aprendizagem de idiomas (uma opção que você ativa e tem a possibilidade de ver os textos em dois idiomas ao mesmo tempo, que é algo fantástico e deveria ter em todo jogo) para ver como ficava em outros idiomas e os diálogos não tem 10% do carisma. O uso de referências e memes nunca foi forçado ou deu vergonha alheia. Os vocabulários diferentes, as gírias, as palavras escolhidas, as piadas, tudo funciona perfeitamente.

O visual, que é uma das primeiras coisas a notar, é um espetáculo a parte. A sensação era de estar jogando um desenho do Cartoon. Lindo demais. E tem tantos detalhes, por exemplo um dos professores é cadeirante, em todas as escadas tinha um elevador para cadeira de rodas. É desses jogos que você sente o carinho, o amor e a dedicação em todos os detalhes.

Eu não tenho nenhuma crítica. As coisas que me incomodaram não são defeitos, são limitações de escopo. Não são coisas que eu queria que fossem diferentes, é só um "é uma pena que não da pra ter MAIS disso". Como por exemplo mais diálogos de npcs (que se repetem o jogo todo), ou mais áreas, ou uns minigames a mais, assim como tem no Mario Tennis. Mas eu respeito demais que eles souberam o escopo que tinham e fizeram tudo redondinho demais dentro das possibilidades que eles tinham. Novamente nem é uma crítica, ou uma reclamação, é só um lamento e um desejo que eles tivessem mais dinheiro ou tempo pra poder fazer algo ainda mais grandioso.

Enfim, gostei demais mesmo dele. Joguei o tempo todo com um sorriso no rosto. Queria mais. E que orgulho de além de tudo ser um jogo brasileiro.

P.S: Bexigo melhor personagem. Ele chama BEXIGO, eu nunca vou deixar de achar engraçado. Te amo Bexigo.



Reviewed on Aug 26, 2021


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