Quem me acompanha há mais tempo sabe que já colaborei com a Camel 101 (pessoal excelente, já agora!), que aliás é das desenvolvedoras portuguesas a que estou mais atento e esta não é a primeira vez que falo de Those Who Remain.

Já o tinha jogado no PC, mas este decidiu trocar-me as voltas e sobreaquecer, então não cheguei a concluir. No entanto, com a recente adição do jogo ao catálogo da Xbox Game Pass, surgiu a oportunidade perfeita de voltar a Dormont.

Those Who Remain é aquilo que imagino que seria o resultado se Stephen King decidisse largar a escrita de livros e passasse para o desenvolvimento de videojogos, no melhor sentido possível. O ambiente sinistro, a narrativa que tem tanto de bizarra como de cativante e imprevisível, e o aspeto da exploração, mesmo que em cenários relativamente pequenos, combinam bastante bem e fazem desta uma experiência de terror bastante sólida. Ao contrário da maioria dos jogos do género, o título da Camel 101 não se foca tanto em jumpscares, mas mais em momentos de tensão e perseguição, e isso é ótimo. A capacidade de fazermos determinadas escolhas baseadas em pistas que vamos obtendo e que afetam aquilo que será o destino da nossa personagem principal é também algo bastante positivo.

Em relação aos pontos negativos, acho que aqui o principal foram os vários crashes e bugs que encontrei ao longo da gameplay (e estou a falar sobre a versão Xbox, já que na versão PC não tive qualquer problema com isso). Algumas fases podem ainda tornar-se um pouco confusas de resolver, mas não é nada de muito grave, a meu ver.

No geral, Those Who Remain cumpre exatamente aquilo a que se propõe e, apesar de não ser perfeito, é um ótimo jogo para quem procura algo dentro do género de terror e com uma história bem contada.

Reviewed on Feb 29, 2024


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