Tem jogos que conseguem me pegar de jeito: Death's Door é certamente um deles.

Animado desde os trailers – mas com um pé atrás por acreditar que era um roguelike – fiz a pré-compra por conta do desconto na loja do Xbox. Quando descobri que não se tratava de um roguelike, aí fiquei ainda mais animado.

Mas foi jogando que me apaixonei completamente. Death's Door é um Zelda indie. Tem coisa melhor?

Me apaixonei pela trilha sonora, que pontua cada momento com a força e delicadeza necessárias.

Me apaixonei pela linguagem visual e direção de arte, que criam um visual bem Studio Ghibli, fantasioso, interessante e com personalidade.

Me apaixonei pela história, que traz temas (no subtexto) como o sentido da vida e o valor do trabalho, provocando reflexões sem palestrinha ao mesmo tempo que apresenta e desenvolve personagens carismáticos, divertidos, engraçados e complexos. Se você acha que o corvo principal parece divertidíssimo, não tá preparado pra conhecer outros personagens dessa história.

E, principalmente, me apaixonei pelo gameplay: rápido, dinâmico, divertido, recompensador. Unindo as qualidades exploradoras de um Metroid e de um Zelda, o combate inteligente e exigente de Tunic (Souls-like, talvez), e o balanço entre explorar o ambiente e bater sem dó nos inimigos de Doom. Brabíssimo.

Death's Door é tudo que eu queria. É o meu Hades. Me prendeu de início ao fim – e até depois do fim.

Só faltou um mapa, né?

Até agora, meu jogo singleplayer do ano.

Reviewed on Jul 23, 2021


Comments