Quando eu fui escrever a minha tese pra terminar ocurso de jogos digitais, eu procurei ir contra tudo aquilo que me ensinaram, busquei no anti-design um lar e assim o fiz, criando um argumento contra as convenções da indústria, criticando jogos plastificados e o comportamento do jogador diante a midia.

E na pesquisa pra esse trabalho, a Tale of Tales foi citada inúmeras vezes, mas nunca realmente tinha pegado pra jogar algo deles, até agora. Se formos pegar (mais uma vez) o nosso irmão audiovisual mais próximo pra fazer alguma comparação, The Graveyard é um curta-metragem daqueles que conceitualmente, de longe, parecem pretensiosos e vazios por tentarem ser disruptivos, rebeldes sem causa.

Porém, aqui reside um peça ímpar, que usa da sua simplicidade pra contar uma historia, representar o fim do ciclo com um adeus no olhar de mil jardas que busca encontrar algo mas só existe um adeus nesse momento.

No mais, todos os meus comentários estão mais pautados na falta de compreensão do jogador pra com o jogo e a midia, a Tale of Tales tem um manifesto contra a indústria, contra a capitalização da arte, contra as convenções, são um grupo de pessoas lutando contra todo o mundo e eu acho isso admirável.

Mas lendo os comentários feitos pra esse jogo eu percebo que estamos longe de chegar em algum ponto de consciência contra o consumismo desacerbado e da megalomania tecnológica na produção de videogames.

Reviewed on Oct 26, 2023


1 Comment


6 months ago

Cara, excelente.

Gosto muito da "megalomania tecnológica". falo no meu texto sobre Pagan como que, muitas vezes, precisamos lutar contr aa tecnologia e suas requelas em nossso costumes apra a gente conseguir de verdade te rum contato pessoal do coração das obras nos video games.
Tale of tales traz isso muito bem.
Ansioso para o resto!