Não é um jogo muito ligado ao terror do primeiro, mas ainda assim tematiza uma história de forma que o horror, sobretudo corporal e ambiental, é circunscrito na ação - com direito com setpieces a la Uncharted. Mas nunca perde a experiência de terror psíquico do Isaac de vista, sempre centralizando a narrativa ao seu trauma.

Uma consequência interessante do jogo ter essa relação mais íntima com a ação são as hordas de inimigos, principalmente no terço final, que extraem tudo que o Isaac possibilita (telecinese, desacelerar o tempo, explorar os usos secundários de todas as armas), o que não acontecia muito no primeiro. Mas, ainda houve algumas sessões que os recursos estavam escassos e tive que pensar no manejo da munição naquele curso. Dessa forma, as dois lados da laranja coexistem aqui.

O level design é o que mais se sente prejudicado de um jogo para o outro. O jogo é uma experiência linear que te tira do seu lugar o tempo todo, nunca alcançando aquele sentimento de familiaridade que Ishimura promovia no primeiro jogo. A noção de completude, e até de solidão são atingidas. Mas ainda assim, aqui tem um das partes mais legais da trilogia até aqui, que é a Igreja da Unitologia e passar pela cidade de Titã em um caos, que o jogador vai descobrindo sua origem durante a jogatina.

Reviewed on May 13, 2024


Comments