"Hope is comforting. It allows us to accept fate, no matter how tragic it might be."

Dos Final Fantasy que eu joguei, o FFX é provavelmente o que tem a melhor gameplay até agora. Ele aprimora muito bem o sistema de classes clássico de FF, onde cada personagem tem uma função, e a possibilidade de trocar de personagem na batalha sem perder o turno para cada um realizar sua ação funciona muito bem. A customização de personagens é do caralho, com o Sphere Grid, o qual eu demorei um pouco pra entender como funcionava (e por causa disso meu Khimari ficou um lixo), mas que quando entendi aproveitei e valorizei o quão bom era, ir escolhendo qual caminho você quer levar os ups dos seus bonecos, da uma ótima liberdade e variedade, minha Yuna de Black Magic era braba. As boss battles são muito boas, com muita necessidade de estratégia, principalmente as do Seymour e Braska, as que mais tive dificuldade.
O jogo é lindo em temática, o cenário tropical trágico, os temas religiosos, exploração sobre preconceitos e diferenças, as tradições de Yevon e a fé cega que as pessoas tem nos ensinamentos, e principalmente o texto sobre a morte, o grande nonsense que é o sistema de Spira, onde os personagens frequentemente se questionam o porque seguir essa linha, a espiral da morte. Humanos que lutavam e causavam mortes, Sin que castiga os pecadores que matavam, os matando, Summoners que lutam para matar Sin, Guardians que morrem para salvar seus Summoners, e todos os pontos a mais que levam os plots futuros, as dualidades de Yuna e Tidus sobre para onde a morte os levara, é um tema muito bem explorado.
Há lá umas incoerências e problemas, além da conclusão ser um tanto quanto simples para um tema tão profundo, mas mesmo assim é muito bonito. Tidus e Yuna carregam uma ótima evolução e amadurecimento, além de suas interações e relacionamento, Rikku é a Yuffie desse game, com humor leve e descontraído, que funciona muito bem, e Auron com seu belo texto sobre arrependimentos e mudanças. Sobre o resto, a Lulu não é lá muito bem explorada, o Wakka serve mais pra construir os outros e o Khimari é quase inexistente. O rumo da jornada perdida em seus próprios objetivos de realização é muito bem explorado, a confusão em avançar e não ter certeza do próprio avanço.
Como sempre, OST emocionante, Nobuo Uematsu é uma lenda. As cutscenes são extremamente bem feitas, bizarro o nivel de qualidade para o PS2. Blitzball é um crime que irei ignorar. A dublagem é muito meme, mas há momentos que eu até gosto um pouco dela, como nas narrações do Tidus. E sim, a cena da risada do Tidus é boa. Um ponto especifico que me incomoda é não poder pular cutscenes, haviam boss battles que eu morria e tinha que ver uma cutscene de 5 minutos antes de tentar novamente, é agoniante.

Reviewed on Jun 17, 2022


1 Comment


4 months ago

Só tidus e yuna prestam.