Acho que faz muito sentido um jogo em que você é um camaleão que trabalha como espião, e é isso que acontece em “Spy Chameleon”. Temos aqui um jogo de quebra-cabeça em que você deve passar por uma série de fases para cumprir uma missão (como roubar uma obra de arte, tirar foto com uma celebridade ou mesmo descobrir alguma criatura horrenda trancada em um laboratório). A grande mecânica do jogo é que, por ser um camaleão, você consegue mudar de cor e se camuflar no ambiente para fugir dos robôs ou câmeras ao longo das salas.

O jogo é bem simples, mas ao mesmo tempo tem uma mecânica complexa que exige que você responda rapidamente para fugir de alguns perigos. Além de você receber várias dicas úteis ao longo das fases, o jogo não possui limite de tempo, o que pra mim é um dos maiores pontos positivos. Eu não curto muito quebra-cabeça que eu tenho que concluir a fase em x segundos porque isso tira toda a minha concentração. Há um cronômetro nas fases, mas é unicamente se você quiser fazer um objetivo extra, não sendo necessário para concluir a fase em si. Além do cronômetro, tem também mosquinhas espalhadas pra você comer e se você consegue pegar todas as mosquinhas da fase, você também conclui um objetivo extra.

Temos defeitos aqui também, como a mecânica de mudar de cores que me deixou um pouco confuso. Você pode mudar para 4 cores diferentes usando as teclas U, I, O e P e eu achei a disposição meio estranha pra ficar com uma mão nessas teclas e a outra nos direcionais para guiar o camaleão. Eu sei que dá pra se movimentar usando o mouse também, mas não gostei muito de jogar assim, preferi ficar com o teclado mesmo. E também não pesquisei se seria possível trocar os atalhos no teclado, mas acho que deve existir essa opção. Uma outra coisa que me incomodou é que as músicas são muito irritantes e frenéticas, mas até que combinavam com o tema de espionagem.

No geral, eu me diverti jogando “Spy Chameleon” e nem é tão difícil. Eu consegui passar de todas as 75 fases sem precisar olhar qualquer guia pela internet e, acredite, isso não é lá muito comum pra uma pessoa não tão boa em quebra-cabeças como eu.