Reviews from

in the past


A ver, es una chulada de juego, sin duda, empezó algo muy grande, con esa ambientación y música tan oscuras, sus mecánicas de acción y recolección de objetos tan únicas... Pero cuesta. Cuesta, y no solo por que sea un juego duro, sino porque ha envejecido de aquella manera. Aun así, si queréis conocer los orígenes de esta saga tan mítica y querida, pues oye, a tope, sigue siendo muy disfrutable y gratificante de jugar.

As an action RPG, the action is about as dynamic as a clicker game, and the roleplaying is somehow even less deep than the original Dragon Quest. Not everyone is in on frenetic action or deep roleplaying though, so it could be that its accessibility is its appeal. Sure, numbers go up—and that can be addictive—and it's easy to jump in and repeat. Plus, the vibes are spot on. But is it worth revisiting? Only out of some cold academic curiosity.

Não é um jogo que envelheceu tão bem. Existem alguns problemas na movimentação, principalmente pelo famoso problema de cálculo que houve ao tentarem a visão isométrica, o personagem se movimenta na diagonal mais rapidamente do que verticalmente ou horizontalmente. Também existem outros bugs, como o bug da duplicação de itens, mas usa quem quer - observação, no Hellfire da GOG, aparentemente, o bug já foi retirado. Um problema de fato, na minha opinião, é a falta de uma aba "controles" no Menu, algumas hotkeys são visíveis ao passar o cursor por cima de um ícone, mas nem todas. Outra falha, ao meu ver, é o fato de vários inimigos terem alcance muito maior que a nossa visão, então, por este lado, sinto que não há um favorecimento tão grande em focar no alcance de um arco e flecha, e isso fica ainda mais visível no Diablo(Chefe Final), que é simplesmente um absurdo de apelão no longo alcance, consegue atacar fora da visão e numa sequência muito veloz de magias(que dão MUITO dano).

Um aspecto que, no inicio, enxerguei como muito danoso e punitivo, mas, depois, vi sendo consertado, é o da campanha poder se tornar impossível. O sentido é, para adquirir novos equipamentos os jogadores pagam "X" valor, mas, ao vende-los, o retorno é absurdamente abaixo disso. E, é muito comum que vendam itens que acabaram de ser comprados, visto que, primeiramente, existe a estratégia de comprar os itens do ferreiro para atualizar suas ofertas e, segundamente, é difícil comparar os itens da loja com os seus atuais sem antes equipa-los. Então, com o tempo, o jogador pode ficar falido! Porém - acredito eu que é uma adição da expansão Hellfire - incluíram 2 novas masmorras(que podem ser acessadas por volta do 15º andar da masmorra principal), sendo assim, ainda há a possibilidade de voltar no jogo e conseguir juntar dinheiro e um pouco de experiência antes de enfrentar o Diablo.

Como ponto positivo, inicialmente vale mencionar o fator sorte do jogo. É perceptível o foco que os desenvolvedores tiveram na rejogabilidade de Diablo. No jogo, grande parte das quests são aleatórias, assim como os drops dos monstros, os mapas dos níveis da masmorra e itens de loja(válido para Griswold(ferreiro) e Wirt(o moleque que vende 1 item sortido e especial), não vale para a bruxa Adria, que sempre que der um "Load" apresentará uma loja diferente), além do que foi mencionado anteriormente, o jogo conta com 4 classes em Hellfire(a novidade é o Monk - que provavelmente é a classe mais diferenciada), juntando tudo isso com a variedade de dificuldades, tem-se de fato uma boa rejogabilidade. Dando continuidade, também valorizo a imprevisibilidade do jogo, a qual acaba por destacar o aprendizado do jogador durante a jogatina; por exemplo, logo no 2º andar da masmorra da igreja, podemos ter contato com uma quest que inclui um monstro chamado Butcher(que inclusive é referência imediata para os fãs do game), porém, por sua aparição ser tão antecipada, não temos itens e status suficientes para combate-lo, então é uma derrota praticamente certa e, na próxima tentativa, o jogador já deve ignora-lo; sinto falta desse tipo de esquema nos jogos atuais, mesmo que Diablo seja considerado, por muitos, um hack'n slash, o jogo não consiste em andar para a frente infinitamente e matar qualquer inimigo indiscriminadamente.


Por fim, acredito que a pergunta "vale a pena jogar?" vai além da qualidade do jogo em si. Apesar de ter as qualidades já mencionadas, para além de uma trilha sonora bacana(a da cidade de Tristam é impecável), assim como uma ambientação ímpar em todos os mapas, utilizando destas qualidades para trazer a atmosfera sombria proposta pelo enredo do jogo, Diablo é muito mais. Diablo é uma referência do universo RPG, é o primeiro game de uma franquia de sucesso que já está em seu 4º lançamento numérico, é uma referência no uso de elementos roguelike e hack'n slash e antecessor imediato de um dos RPGs mais amados de todos os tempos, o Diablo 2. Não joguei Diablo buscando, meramente, uma gameplay de qualidade, joguei buscando uma maior imersão em seu universo - tentando me imaginar como um jogador surpreso na década de 90 - assim como na busca do entendimento de sua importância como referência para o desenvolvimento de tantos outros jogos, mesmo para aqueles que fogem do gênero, e isso, para mim, foi uma experiência sensacional.