Reviews from

in the past


Life is Strange marcou-me profundamente na adolescência, e Twin Mirror, vindo dos mesmos criadores, prometia trazer uma história igualmente envolvente, entre mistério e sobrenatural. Nos últimos dias acabei finalmente por jogá-lo e não fiquei desiludido.

No jogo, assumimos o papel de um jornalista que investiga uma rede criminosa numa pequena cidade. Apesar de não ser a narrativa mais original, é cativante o suficiente para fazer com que prenda do início ao fim.

As escolhas que fazemos parecem ter mais peso do que noutros jogos da Dontnod, o que é positivo. No entanto, o ritmo da história é um pouco irregular, com momentos entediantes e outros demasiado rápidos para deixar uma marca. Dá a impressão de que a ideia original para o jogo era que fosse mais longo, mas que a meio do desenvolvimento acabaram por encurtar tudo ao máximo, o que é pena. Talvez por isto também, e ao contrário de outros jogos da Dontnod, não haja tanta profundidade relativamente às personagens secundárias.

A jogabilidade não traz grandes novidades, seguindo o estilo dos jogos anteriores da desenvolvedora, mas funciona bem.
O ambiente do jogo é bem construído, com a cidade pequena a transmitir uma atmosfera sombria e intrigante - ao que parece, tudo é inspirado na série Twin Peaks, a que tenho definitivamente de dar uma vista de olhos.

Twin Mirror é uma experiência sólida, embora não arrisque muito. No entanto, a fórmula funciona bem e é recomendável para quem procura este tipo de jogo.