This review contains spoilers

Esse foi meu primeiro roguelike, e posso dizer que a régua foi jogada lá em cima.

Para um jogo indie ele realmente surpreende. É tudo muito bem feito, desde a direção de arte até elaboração da história. Todos os aspectos do jogo parecem ter sido elaborados com muito cuidado e carinho pela equipe desenvolvedora.

O gameplay, que é o mais importante - tendo em vista a repetição natural de um roguelike -, é justamente a melhor parte. O combate é super divertido, rápido e potencialmente diversificado. O jogo oferece diversas alternativas criativas - envolvendo os deuses do olimpo, figuras gregas históricas e sistemas variados de buffs e upgrades - para que o player possa fazer de cada run uma experiência única e evitar o cansaço/enjoo com a repetição do trajeto.

O jogo possui também um esquema de incremento de dificuldade (calor), a fim de proporcionar desafio aos players e motivar um grind contínuo.

A história é onde acredito que o jogo peca um pouco. São 10 runs para finalizar a história principal e me pareceu que não conseguiram desenvolver de uma forma que a decisão final de Perséfone seja coerente. Todo o medo recaía no possível descobrimento pelos Deuses do Olimpo da situação em que eles vivam, e simplesmente não foi apresentada solução para isso, Perséfone apenas diz que precisará da ajuda e da cooperação de todos pra resolver, sem falar de fato o que vai fazer. Ainda caso isso seja explicado depois, faltou contar na história principal.

Por fim, achei criativa a forma com que a repetição da jornada de Zagreu é justificada pela história e também a forma como mantiverem pertinente a continuação das tentativas após o final do jogo.

Reviewed on Feb 22, 2024


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