Um baita de um metroidvania! Impressionante como eu não conhecia o jogo e só de ver uma screenshot já o quis comprar logo de cara, e deu muito bom. Ender Liles é absurdamente imersivo e recheado de inspirações, seu mundo desolado e solitário me lembra bastante Nier Automata, somado por seu lado Dark Fantasy que é bem voltado pra Dark Souls, e indo mais a fundo, da até pra tirar uma pitada de Shadow of The Colossus aqui, visto que nossa protagonista, Lily, está em um mundo no qual ela não conhece muito bem, purificando os Corrompidos, e a cada chefe principal purificado, sua aparência vai ficando mais e mais devastada e corrompida.

Antes de tudo num Metroidvania pra mim, o principal foco é ter um motivo pra explorar, seja achar alguma arma, equipamentos, armaduras, etc. Aqui não usamos armas, já que Lily não ataca, apenas anda, pula e desvia, a função de ataque traz um grande diferencial sensacional pro jogo, que são os Espíritos Corrompidos. Cada chefe do jogo derrotado se torna seu aliado, sendo usado pra combate. Basicamente eles funcionam como stands, equipamos ele num set de skills (no meu caso X, Y e B) e o resto é óbvio. Ou seja, todos os chefes do jogo (com exeção do último) são suas armas, e isso é sensacional, pois tirando os bosses principais, o jogo tem toneladas de opcionais e cada um com uma skill diferente abrangendo varios estilos de jogo e estrátegias, um atira um projétil, outro arranca pra frente, outro ataca em diagonal, outros que combam e por aí vai, a lista é grande e o combate se torna muito varíado graças a isso. O jogo definitivamente não é fácil e exige bastante cautela, os inimigos machucam, e no último ato alguns inimigos te matam com dois golpes. Os chefes variam, eu tive problemas com uns dois, espcialmente o último que tive que ir upado no talo, aí virou passeio.

Depois de tudo, Ender Lilies entrega tudo, o jogo é lindo de morrer, tendo uma paleta de cores bem escura com ambientes de encher os olhos de tão lindos, trilha sonora no piano solene e melancólica que ajudam ainda mais na imersão, uma lore muito bacana com toneladas de arquivos de texto pra agradar todos que gostam de se aprofundar, acompanhado da história linda, e claro, seu combate diverso e divertido. O jogo foi um pouco longo, platinei em 25 horas, embora eu não tenha ficado entediado em nenhum momento, achei a exploração e a progressão bem diversificada e intiuitiva, por exemplo, o pulo duplo é um dos primeiros upgrades, com isso você acha que vai fazer a festa achando novas áreas, já que esse upgrade geralmente é um alívio quando se pega em qualquer metroidvania, mas o jogo consegue trancar bem a progressão pra que tudo pareça orgânico, e a cada upgrade novo, a movimentação acaba ficando cada vez mais divertida, e quando se pega o gancho é a cereja do bolo. Uma coisa meio estranha é que no mapa, a sala não vai se formando conforme você anda, e sim já fica um bloco inteiro representando que você está ali, isso faz o backtracking ficar meio confuso já que o jogo tem várias salas que são gigantes mas em contrapartida, o jogo é bem intuitivo marcando blocos laranjas pra áreas completadas e azuis pra não completadas, sem falar que marca em vermelho rotas fechadas.

No fim mais um jogo indie que deu um verdadeiro show, um joguinho que vai deixar saudades e que definitivamente merecia mais reconhecimento.

Reviewed on Sep 17, 2023


1 Comment


8 months ago

Mitada hein