2 reviews liked by Melaie


「―そして、物語を読み終えて現実に立ち返るたびに、一抹の淋しさを味わった。」
「堅物な青年。衒学趣味で懐古趣味、そして書痴の青年。けれどもその実体は。夢見る一人の男の子。憧れながらも、現実にはないと諦めて。幻滅と読書と想像の果てしないワルツ。そんな男の子の前に現れたのが。。。」

Most beautifully written thing I've ever read in Japanese. An oneiric experience, I fell in love with Mareni's prose. The text feels rhythmic, never boring despite its sheer density; I joked about it with a friend but it felt like reading a Balzac or Zola novel, but with all the textual complexity the Japanese language can offer. This man could describe the most mundane thing ever, like a cat crossing the street or paint drying on a wall, and I would be BRICKED UP through it all. Now imagine the h-scenes... Also, as strange as it might sound, the greatest appeal of the game to me wasn't even the enthralling nostalgic 世界観, but rather the seductiveness of the heroines. Each of their features is detailed in such a delicate and erotic fashion, I was DROOLING at almost every Emilia scene. Music was very good too. Looking forward other Mareni titles.

Eu nunca joguei um jogo tão ruim na minha vida. A nota tá alta, claro, ele tá dentre os meus favoritos jogos jogados, eu aqui me refiro a "ruim" num sentindo vulgarizado da palavra, aquele "ruim" a quem populares, habitantes do Brasil de base (ou "Brasil profundo"....) se referem, o "ruim" antônimo de "bom". O dialeto popular comunica sem complicações e arrodeios — gosto bastante dele — e vem super a calhar porque a forma como esse jogo é "mau" não é gráfica, ela é espiritual, acionando assim essa memória religiosa que origina o termo; a atmosfera de Nocturne é de um pleno apocalipse, a narrativa é conduzida através de plot points setados por decisões baseadas em egoísmo, ganância e orgulho, não há virtuosidade em Shin Megami Tensei III, o jogo começa te introduzindo a uma guerra aonde o bem perdeu e não parece que possa se fazer muita coisa a respeito, ou então que talvez nunca tenha existido esse tal lado; mesmo em canecido branco, pálido, nocturne não parece existir a luz e brilho que conhecemos, isso é um elogio, e não se fala em outra coisa quando se toca nesse jogo, subcomunidades internet a dentro, porque existe um forte culto em torno de todos os aspectos desse jogo a nerdaida não poupar elogios ao falar da direção de arte e como ela é incrível; sobre história também e ela é bem maneira sim, como dei a entender agora etc.; trilha sonora? sou todo ouvidos!.. mas, irmão, a gameplay disso aqui que é a melhor coisa, eu nunca conceberia um jogo de turno tão foda nesse aspecto — satânica máquina de eficiente entretenimento.
Ele é difícil, mas te educa, de uma forma tão rígida que beira ao criminoso nos remetendo àquelas histórias "Você acha que seu pai é ruim? a pois o meu me batia de cipó de goiabeira..." que os nossos avós nos contavam— em referência ao tal Brasil profundo aqui supracitado.
O beabá é mais ou menos esse aqui: um boss é extraoirdinariamente filho da puta contigo, abusa de mecânicas que o jogo não te ensinou, você morre, você bola uma estratégia para vencer ele, você morre mas vê que pode dar certo, você passa: real senso de mérito. Há uma liberdade gigantesca para o jogador moldar seu personagem e os demônios da sua party a partir de skills e o sistema de fusão, pena que ele é pouco acessível e eu realmente recomendo o uso de sites com a calculadora de fusão e os demônios para jogar; dominar bem essas mecânicas e conseguir derrotar os bosses te dá um senso domínio tão forte e esse aspecto da gameplay é refletido na narrativa: true demon ending.