Esse jogo fez o impossível, superar Breath of the Wild.

Para começar, nem de longe isso é uma DLC, se você acha isso, por favor me fale quais jogos são esse que você joga que tem DLCs com tanto conteúdo e tão boas. O jogo prova ser totalmente novo contando com 2 novas regiões, ilhas do céu, diversas cavernas e o underworld, todo um sistema novo de armas, e uma variedade totalmente nova de mecânicas e poderes, como Ultrahand, Fuse e Rewind. Se em Breath of the Wild você explorava uma Hyrule tomada por toda uma melancolia pós guerra, um povo que tenta encontrar vida em um mundo dominado pela maldade em Tears of the Kingdom você explora o passado, toda uma civilização antiga, suas esculturas, armas e cultura, ao mesmo tempo que podemos contemplar como o mundo vem cada vez mais se organizando depois dos eventos do primeiro jogo. Esse jogo faz Breath of the Wild parecer somente um teste para que Tears of the Kingdom pudesse acontecer.

Toda essa qualidade vem de uma soma perfeita, uma história simplesmente perfeita e tocante somada com uma gameplay totalmente condizente com o senso de descoberta que o jogo quer passar. Primeiramente a história, o jogo nos apresenta facilmente não somente o melhor Ganondorf da história da franquia, como também consagra esta Zelda como a melhor também, em um plot grandioso e emocionante. A cada cutscene eu estava cada vez mais em choque com o tanto de maravilhas ou tragédias que eu descobria (cheguei a ter a segunda vez que chorei com videogames nesse jogo).

Esse sentimento de descoberta sendo fortemente alimentado pela gameplay, pois conforme eu descobria coisas quanto ao passado de Hyrule eu também descobria novas funcionalidades dos poderes da mão de Rauru, tanto da forma mais literal possível, descobrindo os poderes, quanto do sentido das bizarrices da engenharia que construia para facilitar minha locomoção ou combate. Isso sem falar sobre como fazer qualquer coisa nesse jogo é recompensante, desde lutar contra monstros para poder construir armas maneiríssimas com o Fuse a partir de seus chifres, ou explorar montanhas e cavernas, achando tanto os baús com roupas antes de amiibo ou descobrindo novos caminhos, inimigos ou bosses. Vale falar sobre o quão genial é o game design desse jogo, sem dúvida o melhor que vi na vida. Essa qualidade vai muito por causa de Ascend, só quem joga ou produz videogames sabe o quão genial o design do mundo tem que ser para você conseguir atravessar TODO telhado ou cobertura que existe no mundo e ser recompensado por isso TODAS as vezes.

A trilha sonora então, meu Deus que perfeição, desde os sons minúsculos do andar do Link, com do vento ou do cavalo, das armas variando com os chifres, até o tema dos chefões ou das cutscenes, tudo é perfeito e no ponto exato. Palmas para todo esse trabalho de som, ele deu uma imersão tão grande que mesmo jogando na tela pequena do Switch eu conseguia esquecer que estava jogando algo. Acabo ficando sem ter o que falar mal, afinal nem tem o que, todo o jogo é simplesmente perfeito.

Me encontro completamente apaixonado e sem dúvidas irei fazer cem por cento deste jogo quando saírem as DLCs (se for ter).

Reviewed on Jun 19, 2023


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