BioShock 2007

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October 1, 2023

First played

February 22, 2023

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Um incrível jogo e certamente o melhor ponto de entrada para os Immersive Sim.

A gameplay... Bem, vocês já devem manjar, mas como isso é uma review eu tenho que explicar mesmo assim. O jogo tem uma quantidade total de 8 armas, com todos os básicos que vocês já conhecem como pistola, espingarda, metralhadora e tudo já visto antes, exceto pela câmera, que você pode tirar foto de inimigos pra poder causar dano extra naquele tipo de inimigo específico, mas é claro, tudo isso é fichinha perto dos Plasmids, que são armas secundárias que precisam de EVE (a mana do jogo) pra serem usadas, e meu amigo existe uma quantidade considerável de Plasmids no jogo, tem raio que paralisa os inimigos e causa dano extra neles, o gelo congela eles por alguns segundos, as abelhas causam dano DoT (Damage over Time) nos inimigos, e muito mais, e cara é divertido pra caralho ficar experimentando as Plasmids do jogo pra ver o que cada uma delas fazem, mas além de tudo isso também tem habilidades passivas de personagem, 3 categorias diferentes pra ser mais exato, e também tem uma variedade tão grande quanto, por exemplo, os Physical Tonics são focados em sobrevivência, ou seja, tem habilidades de curar mais vida com medkit, curar mana quando usa medkit, gastar menos mana quando usa os Plasmids e entre outras coisas, já os Combat Tonics são mais focados em combate mesmo, como um que faz teu Wrench causar mais dano, ou um que solta raio toda vez que você toma hit, ou outro que tem chance de congelar o inimigo toda vez que bate nele com a Wrench, e entre outras de novo, enquanto as Engineering são mais focadas em hackear objetos, como um que faz o flow da água dos puzzles andar mais devagar, outros que facilitam o hack de torretas e drones ou cofres, outro que deixa as lojas hackeadas com um desconto maior, e mais uma vez entre outras, percebe a quantidade de habilidades que o jogo tem? Enfim, é enorme, ainda mais para um jogo que nem é um RPG, o que é algo impressionante e deixa o gunplay do jogo muito mais foda do que seria sem isso tudo, a única coisa que eu tenho pra criticar sobre isso é que o balanceamento é meio quebrado, tipo, os Plasmids de raio e de gelo quase que trivializam quase todos os encontros de inimigos, enquanto outros como Enrage e Security Bullseye são quase completamente inúteis por fazerem coisas super específicas e super situacionais, o mesmo se estende para as habilidades passivas. Por sinal, eu citei "hackear" antes, certo? Então, como falei antes, tem como hackear drones, torretas, câmeras, cofres e até fechaduras de portas no jogo, e todos são resolvidos por um mini puzzle que é bem rapidinho e que se não fizer rápido o suficiente ele irá falhar e te causará dano, e ainda por cima existem dois blocos diferentes pra deixar os puzzles ainda mais desafiadores, um que explode e causa ainda mais dano e outro que ativa o alarme de segurança instantaneamente, mas no geral, apesar de ser uma mecânica legalzinha, é meio supérflua por boa parte do jogo e acaba que quebrar os drones e torretas vale mais a pena, sem contar que pode ser muito frustrante também tipo puzzles literalmente impossíveis. Mas é claro, o jogo também tem sua parcela survival horror junto da parcela immersive sim, ou seja, tem também o gerenciamento de recursos e o fator sobrevivência desse subgênero de jogos de terror, uma combinação que funciona muito bem até, já que os dois tem coisas em comum também, sendo o jogo claramente inspirado em System Shock 2 (inclusive os próprios devs do System Shock 2 trabalharam em Bioshock). O fator exploração também é ótimo, claro o jogo pode até não ser mundo aberto mas ainda tem bastante coisa para explorar pelo mapa e liberar habilidades passivas ou até Plasmids é muito divertido e recompensador, ainda mais quando tu volta em áreas antigas anteriormente inacessíveis para conseguir liberar coisas novas.

Agora chegamos numa parte que eu queria chegar, a história, e meu amigo como ela é muito top, é basicamente um cara indo parar numa cidade chamada The Rapture após um acidente de avião no meio do mar, e tu descobre que o The Rapture é uma grande cidade inteira construída de baixo d'água, o que é um conceito muito foda, mas o que carrega mais ainda a história são o antagonista do jogo e o fato da história ser contada por mensagens de aúdio ao invés de conversas diretas com o player, inclusive o próprio vilão conversa contigo pelo rádio, mas além disso também tem mensagens de aúdio deixadas pelo mapa que são de relatos de pessoas no The Rapture, e é muito interessante a backstory do lugar, e como citei antagonista antes, Andrew Ryan é um ótimo vilão que apesar de tu se sentir mal por fazer coisas contra ele, ele também é um babaca que faz um monte de coisas horríveis pra balancear isso, é quase o Handsome Jack do Borderlands 2 até, até o jeito que você conversa com eles é parecido.

Agora chegamos na trilha sonora e nos visuais, e agora tu me pergunta por quê eu deixei isso por último? Simplesmente por não ter nada de absurdamente interessante pra falar sobre a OST, o jogo é bem atmosférico na verdade, agora os visuais são lindíssimos e um dos jogos AAA mais lindos que existem, sério, a intro do jogo é sensacional só pelos visuais serem tão fodas, e o fato de ser Art Deco numa cidade subaquática deixa tudo mais legal ainda.

Enfim, um incrível jogo que com certeza não só é um dos melhores jogos de todos os tempos, mas também o melhor jogo pra quem quiser começar com os Immersive Sim por ser uma versão mais simplificada desse gênero.

9/10 - Motivo da nota diminuída? Joguei o segundo jogo que tem gameplay muito superior.