Que jogo, meus amigos! Aqui a Remedy mostra toda sua evolução, que vem desde o primeiro Alan Wake.

No jogo, acompanhamos Jesse Faden como nova diretora do Departamento Federal de Controle, um cargo que ela nunca quis. A premissa da história é simples, mas vai ficando mais e mais complexa a cada personagem que conhecemos, cada colecionável que encontramos pelo caminho com mais detalhes sobre as pessoas que trabalham ali e a cada sala que descobrimos na (enorme) Antiga Casa.

A exploração nesse jogo é supreendente. De início, imaginei que o jogo seria bem "cinza", com salas e salas de escritórios, o que acabaria ficando repetitivo depois das primeiras horas. Grande engano: o jogo inova até o fim, com cenários inexplicáveis, salas infestadas de mofos e espaços interdimensionais. Infelizmente, os inimigos não acompanham os cenários e há pouca variação da metade do jogo para frente.

As habilidades que Jesse vai adquirindo ao longo do jogo também dão certo alívio a uma gameplay que podia ficar enjoativa rápido. O poder mais significativo é o de levitação, que adiciona toda uma nova direção ao jogo e abre ainda mais caminhos para a exploração.

Aqui ficou claro pela primeira vez que a Remedy pretende interligar todos seus jogos recentes em um único universo. Há referências à personagens antigos, mas também novos personagens que trazem mais perguntas que respostas, como é o caso do Dr. Darling e de Ahti. Espero ver mais deles em jogos futuros, mesmo que apenas na forma de flashbacks e colecionáveis.

Por fim, é importante falar da trilha sonora do jogo. Essa já é uma marca registrada da Remedy, mas aqui o estúdio se supera novamente. Desde a ambientação do jogo, com suas músicas sombrias e misteriosas, até o tango cantado pela zelador Ahti e a já clássica participação da banda fictícia Old Gods of Asgard, tudo brilha e aparece no momento certo para elevar ainda mais o jogo.

Meus únicos problemas foram de origem técnica: no Xbox One, o jogo acabou fechando sozinho duas vezes, além de travar em alguns momentos de muita ação e destruição de cenário.

Apesar disso, o jogo não perde seu brilho e entrega ação e roteiro sólidos, mostrando o quanto a Remedy evoluiu em quase dez anos. Sem grandes falhas e com vários acertos, foi uma ótima experiência por 25h e ainda deixou um gostinho de quero mais!

Reviewed on Dec 28, 2023


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