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Falar de Baldur's Gate 3 é, muitas vezes, chover no molhado. Meses depois do lançamento, parece que tudo já foi dito, todos os elogios já foram feitos e todos os defeitos já foram apontados.

Logo de início então é importante dizer que o jogo é fenomenal. Poucas vezes (talvez nunca) vi um jogo com tantas opções narrativas, de construção de personagem e de resolução de obstáculos. Embora o jogo tenha finais bem definidos, a ilusão da escolha é muito bem montada e é quase impossível não se envolver com a história daquele mundo e de seus personagens.

Falando em personagens, o grupo de companheiros que acompanham nosso personagem (no caso de campanhas solo) é o maior destaque do jogo, para mim. Alguns meses atrás, escrevi um review de Starfield comentando sobre como os companheiros são sem vida. Em BG3, o oposto ocorre: todos os companheiros tem um passado, um objetivo, tomam decisões e em alguns casos até mesmo se revoltam com suas decisões e saem do grupo.

Além dos personagens, pretendo elencar mais dois pontos muito positivos do jogo: sua trilha sonora e seu enredo.

A trilha sonora é um destaque durante todo o jogo. Não se trata de uma música ou duas que chamam a atenção, mas de vários momentos em que música e enredo se juntam para elevar a emoção levada até o jogador. Sejam instrumentais belíssimos, sejam vocais sublimes, a música é uma ferramenta a mais usada com maestria para contar a história.

E a história contada, em sua boa parte, é ótima. Apesar de sua simplicidade (seu personagem busca apenas uma cura durante todo o jogo), ela é capaz de entregar decisões difíceis, personagens cativantes e ótimos vilões (especialmente o vilão do segundo ato, Ketheric).

Infelizmente, é também na história que começam a surgir os primeiros problemas de BG3. Depois de dois atos bem construídos, o terceiro ato é uma bagunça de resoluções, onde NPCs falam com você um atrás do outro, com pouco ou nenhum tempo para processar as decisões tomadas e suas consequências. Isso gera uma exaustão na trama que não existia nos atos anteriores.

É também no ato 3 que o jogo sofre com os maiores problemas técnicos. Diálogos sem som, bugs no combate e até mesmo o jogo crashar e perder algumas horas de save foram coisas que me aconteceram na reta final do jogo. Não é um grande problema, na minha opinião, mas joga um pouco de sombra na obra quase perfeita que é BG3.

No balanço geral das coisas, BG3 é o jogo da década até aqui. Vai marcar uma geração, como outros clássicos marcaram suas gerações no passado. É um jogo que pretendo jogar mais vezes, explorar outros caminhos e possibilidades e acredito que esse é o maior trunfo da Larian: criar uma experiência imortal de jogo, que poderá ser jogada muitas vezes e lembrada por ainda mais tempo.

É inegável que Final Fantasy VII mudou o rumo de todo um gênero em seu primeiro lançamento em 1997. Por isso, a expectativa para esse Remake era alta, mesmo que ela abordasse somente uma parte inicial do história do jogo original.

Falo com tranquilidade que as expectativas foram alcançadas e, em muitos casos, até mesmo superadas. Diferente do jogo original, aqui o jogo toma um tempo maior para explorar personagens secundários e a cidade de Midgar, dando um peso emocional maior para alguns acontecimentos da história. Falando sobre ela, a narrativa é excelente, com um ótimo desenvolvimento, sem grandes momentos "filler", sabendo inovar a história original quando necessário, mesmo sem grandes alterações.

O melhor aspecto do jogo, sem sombra de dúvidas, é seu combate. Desde o início é possível sentir uma evolução, seja através das matérias que adquirimos, armas novas ou até mesmo novas configurações de grupo que o jogo oferece. Chegar no último combate do jogo e sentir toda essa evolução em seu máximo com certeza foi o ponto alto das 30h que dediquei ao FF7 Remake.

Um aspecto do jogo que poderia ter recebido melhor atenção e que ajudaria no desenvolvimento de Midgar e seus setores são as missões secundárias. Elas se parecem muito com uma adição posterior ao jogo. São simples, pouco imaginativas, até um pouco chatas, mas poderiam ter um papel muito maior para explorar mais até mesmo de outros personagens do grupo.

A trilha sonora do jogo é excelente, mas a dublagem dos personagens peca um pouco em alguns momentos, com as vozes baixas e abafadas.

Sobre as (poucas) mudanças feitas na história original (não me alongarei muito para evitar spoilers), não achei nenhuma drástica e penso que as possibilidades ainda estão muito abertas para os próximos jogos da trilogia, o que é algo muito positivo.

No geral, FF7 Remake foi uma das melhores experiências que tive com videogames na vida. Ele é agradável, emocional e muito bonito, evoluindo uma história que já era marcante em sua época e transformando no início de uma trilogia que, quando finalizada, tem tudo para ser atemporal.

Que jogo, meus amigos! Aqui a Remedy mostra toda sua evolução, que vem desde o primeiro Alan Wake.

No jogo, acompanhamos Jesse Faden como nova diretora do Departamento Federal de Controle, um cargo que ela nunca quis. A premissa da história é simples, mas vai ficando mais e mais complexa a cada personagem que conhecemos, cada colecionável que encontramos pelo caminho com mais detalhes sobre as pessoas que trabalham ali e a cada sala que descobrimos na (enorme) Antiga Casa.

A exploração nesse jogo é supreendente. De início, imaginei que o jogo seria bem "cinza", com salas e salas de escritórios, o que acabaria ficando repetitivo depois das primeiras horas. Grande engano: o jogo inova até o fim, com cenários inexplicáveis, salas infestadas de mofos e espaços interdimensionais. Infelizmente, os inimigos não acompanham os cenários e há pouca variação da metade do jogo para frente.

As habilidades que Jesse vai adquirindo ao longo do jogo também dão certo alívio a uma gameplay que podia ficar enjoativa rápido. O poder mais significativo é o de levitação, que adiciona toda uma nova direção ao jogo e abre ainda mais caminhos para a exploração.

Aqui ficou claro pela primeira vez que a Remedy pretende interligar todos seus jogos recentes em um único universo. Há referências à personagens antigos, mas também novos personagens que trazem mais perguntas que respostas, como é o caso do Dr. Darling e de Ahti. Espero ver mais deles em jogos futuros, mesmo que apenas na forma de flashbacks e colecionáveis.

Por fim, é importante falar da trilha sonora do jogo. Essa já é uma marca registrada da Remedy, mas aqui o estúdio se supera novamente. Desde a ambientação do jogo, com suas músicas sombrias e misteriosas, até o tango cantado pela zelador Ahti e a já clássica participação da banda fictícia Old Gods of Asgard, tudo brilha e aparece no momento certo para elevar ainda mais o jogo.

Meus únicos problemas foram de origem técnica: no Xbox One, o jogo acabou fechando sozinho duas vezes, além de travar em alguns momentos de muita ação e destruição de cenário.

Apesar disso, o jogo não perde seu brilho e entrega ação e roteiro sólidos, mostrando o quanto a Remedy evoluiu em quase dez anos. Sem grandes falhas e com vários acertos, foi uma ótima experiência por 25h e ainda deixou um gostinho de quero mais!