Antes de experienciar Her Story eu ouvia algumas pessoas conversar sobre os jogos de Sam Barlow os julgando como peças acima de tudo criativas e após jogar, afirmo que esse é um adjetivo justo de se dar a obra.

O jogo não te entrega muito além de um software que busca vídeos em um banco de dados através de palavras chaves. A palavra sugerida no inicio é “MURDER” que nos entrega pequenos clipes que de cara revelam os fundamentos basicos para iniciarmos essa grande investigação: Houve o assassinato de um homem, marido da mulher que está sendo interrogada nos videos, e está claro que ela é uma das suspeitas.

O jogo não te entrega os clipes em ordem cronológica e isso é faz parte da experiência, pois é se expondo a essa quantidade massiva de informações que vai se criando em nossas cabeças uma série de teorias que vão se confirmando certas ou erradas durante todo o processo. Mas o que parece ser pouco intuitivo no começo logo passa a fluir de maneira surpreendentemente bem, as peças vão se encaixando e quando pensa que não, somos fisgados por uma excelente escrita e investidos numa trama instigante, admirando os detalhes, entendo as alegorias e se empolgando com os plot twists.

Finalizando o jogo, me peguei perplexo ao olhar o relógio e ver que já era quase quatro horas da manhã, vendo os créditos e admirando, sobretudo após entender a história, o quão bem trabalhado são as personagens do jogo e as atuações que lhes dão vida, além do quão elaborado são os detalhes e minuciosidades que o ao fim fazem todo sentido.

Reviewed on Sep 14, 2023


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