Posso dizer que foi o primeiro Persona que cheguei a zerar de fato. Já havia jogado P3, mas terminar ele só através do YouTube até então (OBS: Eu terminei P3 enquanto jogava P5 e gostei pra caramba).

Acho intrigante que os jogos da Atlus acabam se tornando modos de vida com rotinas. Sério, você acaba se importando bastante com prazos nas criações da empresa. E ainda vem com um bônus de chegar em 100 horas e nem perceber. Será que estamos sendo treinados para a vida adulta? Hmmmmmm

Temos os Confidants, que nada mais são do que nossos vínculos sociais para conseguirmos vantagens em gameplay, como: Compartilhamento de XP pra geral, descontos em lojas, resistências, charmes, persuasão, slots de personas e desbloqueio de personas mais fortes com XP justo. Deve ter faltado alguma coisa... mas enfim, recomendo você salvar antes de iniciar um "UP" em seu Confidant. Vai que você fala algo inadequado.
Aliás, tiveram momentos nos quais eles, Confidants, simplesmente estavam prontos para uparem. Não acho ruim, muito pelo contrário, só achei desconexo alguns quererem conversarem conosco sem termos interagido mais.

O jogo brilha em seus Palaces.. quer dizer, em alguns. Mas ver que cada alvo possui uma representação de pecado/desejo em seus Palaces, e que isso é construído tematicamente chega a ser satisfatório. O que eu mais gostei foi do Cassino da Sae. Toda a trama antes de chegarmos lá envolvendo panquecas, Akechi, luto, responsabilidades, reconciliação e planos ocultos deixaram esse arco um pitel (isso ainda é usado? Me senti velho...).

Que se dane o Palace do Shido e seu puzzle de ratos.

A gameplay fora dos Palaces é nada mais que um simulador de vida com um mundo semiaberto onde você se preocupa em quem priorizar sua relação, visitar locais, malhar, ir até o Mementos e se preocupar com as matérias escolares... digo, ou só abra um blog com as respostas dos semestres e fique de boa. Só que tem um detalhe em específico que não curti, do fundo do meu âmago, como que tem dias que não podemos fazer NADA?! Mano, protagonista, jovem cheio de energia, como que sua pessoa se cansa após um dia normal de escola? Me explica! Quero papéis em minha mesa sobre suas desculpas.

O jogo até que sabe equilibrar os seus momentos de drama, ação, revelação, brigas (Morgana e Ryuji... nunca vi discussão mais besta) e relações com os personagens. Sair com eles tende a ser uma experiência diferente com base em seus gostos, estilos e vidas, então cabe a você, player, entender isso. E fica chato quando alcançamos lvl MAX de Confidant com tal personagem e precisamos investir em um random que tá lá só pra enrolarmos a gameplay nos Palaces.

Pra finalizar, existem certos problemas de ritmo com relação ao desfecho de nossas ações. Exemplos como Kamoshida (isso é consertado no P5R), Kaneshiro e Akechi. Que dor em saber que um personagem com potencial não foi tão explorado nesse jogo (novamente consertado em P5R). Ah é, de bônus o Fake Igor. Assim, se era um deus, então por que simplesmente não fez o plano ser adiantado? Esperou nosso personagem invocar um ferrando anjo caído pra fazer algo... enfim, o roteiro.

Ok, me sinto satisfeito terminando tal título. E a despedida no final só reforça que não é um fim, e sim uma etapa de várias aventuras que surgirão.

Só duas observações: O troféu das 250 falas da Futaba é muito chato. Nada contra a personagem, só o troféu dela; Eu havia dito pra um amigo que só iria platinar esse jogo no próximo ano e acabei conseguindo no dia 30/12/2020 kkkkk

Reviewed on Nov 01, 2023


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