Meu primeiro contato e de um amigo com um jogo da FROM SOFTWARE, estávamos fazendo uma jornada cooperativa e solo ao mesmo tempo (aquele esquema de "cheguei nessa área, onde você está agora?"), e claro, morri mais do que eu pude contar kkkkkk.
O jogo tem seus preferidos para gastar os RNG's.
Logo na cutscene inicial apresentando os Lordes, já encanta o visual, design e trilha sonora. Um tom épico aumentando gradativamente acompanhado de uma narração daquele mundo e um pouquinhooo da lore.

Mas antes de tudo, por que eu comecei um Dark Souls? Pelo simples motivo de que eu gosto de desafios, óbvio, desde que eles sejam equilibrados ou que façam eu evoluir/entender o nível da dificuldade jogada para mim. E após pegar platina nesse título (você precisa zerar pelo menos 3 vezes) o único boss que me deu MUITO trabalho desde minha 1ª jornada foi o Nameless King.
Certo, ele é opcional, porém você precisa de itens que só liberam após derrotá-lo. Se eu soubesse que ele era um "aviso" para uma tal Malenia em Elden Ring teria me concentrado mais no ritmo de lutas.

Jogos sem seletores de dificuldades querem que o jogador(a) se supere a cada obstáculo que aparecer na frente, se adapte, monte uma estratégia e estude o padrão dos ataques. Não vou mentir, você ficará frustrado várias vezes porque tal inimigo te matou de surpresa (um anão acrobático com anorexia que carrega uma espada com o dobro de seu tamanho), ficou travado em um boss ou caiu de um precipício após um pulo mal executado... mas pra mim isso serviu de combustível para continuar a jornada e explorar o máximo que o jogo oferecia.
E a exploração? Bem, ela é bem tentadora a você cair no conto de "o que tem virando a esquina?", e eu acho isso mágico kkkk. Eu gosto de explorar os locais e, se eu der sorte, encontrar algum item bom pelo caminho. Acho bem recompensador. Mas em questão de level design dos mapas esse jogo brilha, pois você pode andar por uma área inteira, ir pra outra e em determinado momento perceber que a área anterior pode ser vista no horizonte ou por baixo. Isso é incrível. E não acontece só uma vez, é o famoso "ir e vir".
Menção honrosa à cidade de Irithyll Do Vale Boreal. É tão deslumbrante a primeira vista os prédios misturados com cores frias, o céu estrelado e a Lua iluminando o local. Muito bom.
Mas por que eu mencionei justamente esse local? Ora, porque simplesmente após sairmos das claustrofóbicas Catacumbas de Carthus (até hj quero saber quem é Carthus), local esse rodeado de esqueletos com corridas engraçadas, esqueletos magos, esqueletos roda a roda, esqueletos gigantes, ratos, um verme que facilmente destruiria o mundo e um Lorde esqueleto, temos o vislumbre de um exterior muito bonito da cidade. Mas toma cuidado se você não levar uma boneca e não olhar pra trás ao atravessar a ponte.
E claro, se tiver um local mais bonito na DLC eu vou ficar devendo porque não joguei ela ainda... está nos planos futuros na gaveta da cômoda.

A criação e customização do personagem é bem abrangente, mas não se importe com o rosto pois ele vai passar um por tempo usando elmos ou capuzes.
Mas bem, a liberdade de você poder montar qualquer set de armaduras nesse jogo é ótima. Podemos vestir trajes pesados, medianos, leves, que não mudam nada, que ficam feios, que ficam fashions, dos bosses e personagens da saga. Me senti naqueles jogos de navegador onde seu único objetivo era vestir o personagem pra sair kkkk.

Agora vamos virar a chavinha. Está na hora de eu comentar o que eu não gostei:

- Farms... nossa... que pesadelo demorado. Toda uma estratégia pra farmar itens que dropam de certos inimigos com taxas de drops tão baixas quanto minha vontade de não ter iniciado os farms;
- Na primeira jogada os bosses são espetaculares, trazem um certo ar de "tu tá f#dido, meu parceiro", só que ao longo das minhas 3 jornadas eu senti que a maioria não é tão desafiadora. Na primeira eu sofri pro Vordt, tanto que um amigo acompanhou esse massacre kkkk, mas depois nem a Dançarina ou Soul of Cinder (último boss) estavam sendo um desafio. Não estou dizendo que sou o fod@o, o que eu quero deixar registrado é que eu aprendi como eles se comportavam e acabei me tornando a fraqueza deles, mas poderiam terem sido mais para os NG+;
- A luta contra o King of the Storm, dragão do Nameless King, chega a ser confusa com a câmera embanando toda, mas dá pra relevar dependendo do ritmo do combate;
- Às vezes os inimigos comuns davam mais dano que os próprios bosses, ainda mais se estiverem em conjunto;

Pra finalizar, Dark Souls 3 não é um jogo impossível, ele é adaptativo. Mas eu o também considero como uma experiência/ensinamento para a vida.
Você estará se encontrando com várias adversidades ao longo de sua existência, e o que fará a respeito disso? Você as encara, as enfrenta e acima de tudo, não pode desistir até não tiver mais solução. Você irá evoluir e progredir com seus erros para eles se tornarem acertos. Ciclos acabam e outros começam, mas antes disso acontecer, o que você terá feito?

Reviewed on Nov 01, 2023


Comments