Eu começo essa review relembrando a minha outra análise de P5 Royal, onde nela mencionei que achei uma pena a estória de tal jogo e personagens não serem canônicos. E por quê? Ora, porque existe esse jogo.
Mas calma, isso não quer dizer que eu odeie tal título, muito pelo contrário. Eu comprei a ideia dele de Musou e explorei o máximo que podia em sua estória, mecânicas, personagens e dificuldade (esse último foi um sufoco).

Bem, P5S se passa aproximadamente 1 ano depois dos acontecimentos de P5, e o mesmo leva em consideração ao que aconteceu 1 ano antes.
Tentarei ser o mais raso possível para evitar spoilers.
Aqui temos os Phantoms Thieves de volta em uma jornada pelo Japão para livrá-lo de pessoas más e de injustiças, mas com a inclusão de uma I.A. misteriosa chamada Sophie. Somos introduzidos ao contexto do jogo passado através da Velvet Room à partir de uma certa personagem: "Você precisará enfrentar o seu destino e um grande perigo que se aproxima".
A princípio não parece ser lá grandes coisas, ou seja, mais do mesmo pra vender o nome. Porém, ao avançarmos, percebemos que certas diferenças começam a se protagonizarem:

- Palaces foram trocados por "Jails" e seus donos são chamados de Monarcas;
- Tais Monarcas são mais do que vemos. Eles tem suas próprias ambições e motivos para tudo aquilo. Diferente de P5 que os vilões eram maus porque sim;
- Mudar de um estilo para outro não foi ruim, pois precisamos levar em conta que nem todo mundo se interessa por JRPG's, então a jogabilidade Musou veio bem a calhar com a essência de Persona;
- Tiveram certos momentos, na verdade vários, em que eu estava na trocação de socos, chutes, bola de fogo e mais para os personagens pararem e conversarem. É uma certa quebra de imersão, mas estamos falando de uma franquia que tem como foco a narrativa, mas isso não deixa de ser chato;
- Para cada invasão em Jails precisamos escutar as pessoas da área marcadas com balões ou entrarmos em lojas. Até aí nada de anormal, só que isso não ajuda em nada pra contarmos com alguma vantagem contra o boss, inimigos ou estória. E também só atrasa o dinamismo do gênero Musou;
- Todas as mecânicas de P5 foram traduzidas para esse jogo. No início é estranho entender que você pode esmagar o botão e para o tempo pra soltar algum atk, mas quando se acostuma a isso não tem quem te segure;
- As batalhas de chefe trazem certas dificuldades, pois nelas eles possuem HP elevado, vastos combos (alguns até dando hit-kill) e mudança de estilo de batalha. Recomendo fortemente fazer aquele grind maroto e aprender a esquiva, vão te ajudar bastante;
- O sistema de Confidants foi trocado e simplificado pelos "Bonds". Você adquire experiência para tal sistema fazendo requests de cada região e lutando. E após atingirmos uma quantidade suficiente de XP ganhamos 1 ou + pontos para gastarmos em uma árvore de habilidades;
- Dinheiro e itens não são problemas. No primeiro tópico você adquire lutando e explorando o mapa, e para o segundo a Sophie te dá uma ajudinha;
- Temos a barra de Showtime de cada personagem da party. É bem simples, lute muito e depois gaste para um especial elemental em grande área;
- Novas Personas;
- O sistema de cozinhar, ao meu ver, ficou mais atrativo nos fornecendo melhores status e maior facilidade para conseguirmos ingredientes;
- Não temos Mementos e as Jails não se desfazem. Aqui o grind e request os espera.

Agora a semifinalização:
- Persona 5 Strikers tem um problema sério com ritmo. Como já comentei antes, você pode estar fervoroso em uma luta contra 100 minions e do nada parar pra conversar.
- Ele é bem convidativo para quem nunca jogou algo da série, mas exige um certo grau de foco. Não é ruim, é só você se interessar pelo título;
- Seu nível de dificuldade é até balanceado, mas tente enfrentar o Merciless. Nossa! Que inferno. Aqui realmente exige que o player saiba das fraquezas da maioria dos inimigos e bosses, e use isso ao máximo. Mas nada que um pouco de sanidade perdida não resolva... não recomendo essa última citação;
- Exploração bem mais agradável, gameplay mais dinâmica e estória divertida (não é inovadora, só que serve);

Agora a finalização:
Strikers é mediano para mim. Nesse momento você deve estar confuso após eu fazer tantos elogios, contudo irei explicar:
- Logo na segunda vez jogada consegui notar certos problemas de avanço, ou seja, muito inimigo para pouco SP. Ainda mais no Merciless. E isso fez a minha experiência com o jogo não ficar tão convidativa.
- Quando você acha que o primeiro boss será tranquilo porque seu personagem está uns 20 níveis acima da sua jogada anterior, ele te pega pelo colarinho e te humilha. Precisa ser cirúrgico com qual ação você tomará.
- No geral, é uma "pequena" aventura com personagens queridos e novos. Ao meu ver não precisava de uma continuação e aqui deve ter sido o primeiro passo para "tirarem leite de pedra" com a série P5.

Reviewed on Nov 01, 2023


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