Sendo bem sincero com vocês, eu tive que rever uma série do primeiro jogo desse reboot de Tomb Raider para entender mais a estória.
Já havia jogado o 1º antes, porém não lembrava de nada. Mas após essa série terminada e finalmente tendo jogado a sua sequência, Rise, acredito que possa dar minha opinião sobre tal jogo.


Resumo, Estória, Narrativa e Personagens

Após uma experiência nem um pouco agradável com o sobrenatural em uma ilha, Lara Croft se vê na missão de espalhar cada mínimo detalhe ao mundo sobre os terrores que presenciou, contudo ela foi chamada de mentirosa pela mídia. Mas por que isso? Bem, uma organização secreta criminosa chamada de Trindade acabou apagando todas as provas existentes de Lara, fazendo assim a mesma ser taxada de farsa e manchando ainda mais a reputação da família Croft.
Tá, e o que essa tal de "Trindade" tem a oferecer? Eles portam uma natureza religiosa, existem há mais de 1000 anos, coletam relíquias com a capacidade de apagarem a existência de eventos sobrenaturais ao redor do mundo e não são nem um pouco amigáveis.
Apresentam uma ameaça em potencial para geral.

O jogo e sua estória são bem objetivos: Provar ao mundo que a família Croft não é mentirosa e cair em uma trocação de socos, chutes e tiros contra a Trindade enquanto passamos por um show de citações ao Império Bizantino e União Soviética.
Mais claro que isso só cristal.
Já vou logo ressaltando que a narrativa não tem seus momentos impactantes. Antes que alguém venha me bater eu irei comparar o 1º jogo com esse 2º.
Por se tratar de um reboot já era esperado que teríamos uma Lara inexperiente em combate e sobrevivência, não que isso seja ruim, muito pelo contrário, é um bom elemento narrativo que tem a capacidade de evoluir gradativamente no decorrer da estória. O primeiro humano que ela teve matar, o primeiro animal que ela teve que matar, o primeiro senso de urgência e sobrevivência aparecendo enquanto ela está caminhando na chuva, ferida e cansada.
É um peso emocional implantado para fazer a gente entender de que ESSA Lara não é aquela dos outros jogos que luta até mesmo com um dinossauro, essa que controlamos agora está descobrindo como se manter viva por mais tempo em um local que só quer a sua carcaça.
E em contrapartida, em Rise, não temos uma cena que realmente impacta emocionalmente (aviso: isso na minha opinião). O que nós temos é uma protagonista consideravelmente mais experiente que consegue peitar até um helicóptero f#didamente armado. É o famoso "deixa com a mãe aqui".
Existem sim reviravoltas, mas não irei me aprofundar nelas para alguém que queira jogar o game.

Lara Croft continua em processo de evolução/amadurecimento pessoal;
Personagens secundários como Jonah (apareceu no 1º jogo também), Jacob e Sophia se demonstram bem sólidos em suas propostas no enredo. Só Jonah que é deixado de lado devido a alguns eventos;
Os vilões têm seus destaques também, não são tão loucos igual ao Mathias do primeiro jogo e possuem motivações bem claras, mesmo que cada um carregue um objetivo distinto. E o boss final é bem fácil;


Gameplay, Combate, Progresso, Missões Secundárias e Desafios

- Muito bem refinado carregando o que deu certo no 1º jogo e acrescentando outras mecânicas, como: mergulhar, nadar, usar gancho/arpéu, assassinatos aéreos, puzzles (bem mais trabalhados, desafiadores e recompensadores), coletáveis (documentos e áudios), criação de curativos (antes Lara só se recuperava "naturalmente"), moedas especiais, gráficos muito superiores juntamente com expressões faciais e cabelos, dificuldade aumentada só que nada de outro mundo, ser mais furtiva e, até onde eu lembro, correr (sim, por mais estranho que aparente ser). Elas deixam o jogo BEM mais dinâmico, rápido e de certa forma mais plástico para tentar não o deixar entediante.

- Uma pancada de novas armas foram adicionadas ao arsenal de Lara com possibilidades de upgrades extremamente satisfatórios. Temos várias pistolas, fuzis, escopetas, arcos e roupas (várias delas oferecem algum bônus pra determinada situação).
Temos a clássica árvore de habilidades com uma imensa versatilidade em sua experiência pessoal. E sim, conforme você upa é bem notável a evolução de tal especialidade.
E aqui pelo menos os animais possuem uma certa relevância na gameplay... quero dizer, as suas peles e ossos. Eles dão XP, possibilidade de criação de armas, roupas e bolsas de inventário, além de uparem nossas armas.

- Eu achei divertido explorar os mapas desse jogo, por mais que eu não curta a ideia de "você não tem esse item para avançar no momento", ainda assim acabou sendo uma boa experiência no geral. Áreas ensolaradas, nevadas, florestais e meio urbanas. Cada uma com sua diversidade em construções e designs.

- Olha, nunca pensei que ficaria feliz em saber que um jogo de Tomb Raider teria missões secundárias. É que assim, do que eu lembro da minha experiência em 2013/14 no 1º jogo não vi nada relacionado a missão extra ou coisa do gênero. Posso estar me confundindo mesmo tendo visto uma série disso, mas nada que se compare ao segundo jogo e sua objetividade.
Aliás, tenho uma reclamação envolvendo uma dessas missões. Eu sou aquele cara que vai explorando tudo o que pode antes de prosseguir na campanha, isto é, desde que o jogo permita e que não seja maçante. Mas bem, teve uma situação na qual a missão de um resgate de prisioneiros inocentes simplesmente bugou para mim, e o que ocorreu foi o fato de que não tinham esses inocentes, não havia ninguém na cena. E o mapa indicando que tinha algo a ser feito.
Conclusão: Voltei 2h de save, fiz a missão e não tive mais nenhum bug do tipo até o 100% do jogo. Usem pen drive ou a nuvem, pessoal, esses dois recursos salvam muito.

- Existem desafios opcionais no menu do jogo onde você pode repetir todas as fases, e um pouco mais, com a intenção de completarmos elas em um sistema de pontos: Morrer menos vezes, medidor de combo, menor tempo e outros derivados que você espera em fases de pontuações.
Ah, temos também o auxílio de cartas que você pode equipar em Lara antes de iniciar cada desafio, e elas são liberadas após fazermos muitas coisas dentro da campanha e fora dela. Eu recomendo irem pesquisar por builds de cada fase caso venham a encararem o 100%, e estarei deixando um merchandising para o canal "NewGame+". Ele me ajudou bastante sendo bem objetivo em seus guias.


DLC's

Bem charmosas. Não fedem e nem cheiram.
Em Baba Yaga temos várias lutas mentais após lembrarmos do Leão do PROERD que "drogas não são a solução";
Em Mansão Croft temos uma estória adicional bem bonitinha e um desafio contra nossos literais pesadelos;
E nas outras não posso opinar porque não joguei, então ficarei devendo detalhes importantes, porém o que precisam saber é que se tratam de desafios de pontuação também.


Pontos Negativos

Vários problemas que consegui me lembrar ao assistir a uma série do 1º jogo voltam nesse 2º jogo com outras novidades, sendo elas:

- Lara atravessar um objeto de apoio, como uma corda, e acabar caindo de uma altura elevada;
- Os inimigos se mantém de um jeito mais realistas/estratégicos, só que continuam cegos e surdos pra caramba;
- Progresso interrompido devido a um bug em missão (esse daqui talvez não aconteça contigo, até porque só aconteceu uma vez comigo);
- Diversos animais aparecem nas fases, só que irei ressaltar a falta de naturalidade que eles reagem a danos, e um exemplo disso é o fato de que às vezes eu vinha com uma escopeta (ou qualquer arma) e o bicho simplesmente não reagia ao tiro. O famoso "tô legal, só mais um dia";
- Os inimigos humanos, a minoria pelo menos, ficavam em "T-pose" quando faleciam. Eu acho isso engraçado. O problema surge mesmo quando você está farmando algum drop com eles e ficam presos nos cenários;
- Micro transações por CARTAS... mano, assim, só jogue o game, não te custa nada além do seu tempo. E também é bem opcional, só para aqueles que não gostam de verem a carteira cheia;
- A estória é bem ok, não é nada "nossa!". Acaba até se comparando com o primeiro jogo apesar dele carregar elementos sobrenaturais.


Conclusão

Tirando esses pontos negativos que acabei de destacar, o jogo se mostrou divertido e que me deixou satisfeito com a sua proposta mesmo para alguém como eu que voltei a me interessar pela franquia após tanto tempo.

Reviewed on Nov 26, 2023


8 Comments


5 months ago

Good review, but I'm curious if the game addressed my problems with the first one, namely the interjection of constant QTEs and other cinematic moments and the short nature of the Tombs.

I will say that the first game pretty much established Lara as adept at weaponry by the end, so I don't think it's as big a leap as you imply in the first paragraph- she was doing some pretty crazy shit in that first game haha.

4 months ago

@RedBackLoggd Put madness in it haha.

Regarding QTEs, they were very far from the experience in Rise of the Tomb Raider. But if there were times when I had to quickly press a button, they were very specific, like: Fighting a bear and scheduled climbs.

And I believe that Shadow of the Tomb Raider will end up following this line.

4 months ago

Madness in it?

Sorry brother, I didn't just mean QTEs, I meant like cinermatic moments where you're not really controlling the character but guiding them in a heavily-scripted sequence (think those downriver moments in the first where Lara is stuck in a rapid and you gotta dodge rocks).

4 months ago

@RedBackLoggd Sorry, the translation here using Google Translate is a little suspect.
But I understood what you were referring to, and it even becomes an annoyance during these cutscenes.

4 months ago

All good, what's your first language?

4 months ago

@RedBackLoggd Brazilian Portuguese, but may just be Portuguese.

4 months ago

Copy, I'm learning spanish so I can eventually speak broken Portuguese to you in the future xD

4 months ago

@RedBackLoggd Okay, I'll wait for that day.