alanbessa
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Yakuza 0
@Geno123 A trilha sonora desse jogo é ouro puro. ❤️ Pena que a edição de som dele (pelo menos na versão da Steam) é um dos defeitos que eu mencionei, e tu mal consegue ouvir as músicas no meio dos efeitos sonoros. =(
1 hr ago
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Yakuza 0
@Geno123 Não tem Baka Mitai no Zero, mas tem Judgement que é ótima. =P
1 hr ago
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Yakuza 0
@zzzam Cara, eu sou naturalmente platinador, então isso nem me incomodou na real. Às vezes a história principal não me dava nenhum minijogo MAS FODA-SE eu ia atrás de um mesmo assim, hahaha
@Vitan Então, acontece que eu joguei o prólogo do 1 de PS2 (com dublagem em inglês e tudo), até a parte do hiato de 10 anos, e gostei PRA CARALHO. Então era natural que eu quisesse começar de verdade na franquia pelo remake dele.
E vamos combinar que a parede de texto que o Zero usa pra tentar ensinar mahjong não é nada didática. 👀
@Bertolomeu Vou te falar que o Zero nem é cansativo, a menos que você seja o Maluco da Platina™. A história principal deve durar o quê, umas 20h ou menos?
@Vitan Então, acontece que eu joguei o prólogo do 1 de PS2 (com dublagem em inglês e tudo), até a parte do hiato de 10 anos, e gostei PRA CARALHO. Então era natural que eu quisesse começar de verdade na franquia pelo remake dele.
E vamos combinar que a parede de texto que o Zero usa pra tentar ensinar mahjong não é nada didática. 👀
@Bertolomeu Vou te falar que o Zero nem é cansativo, a menos que você seja o Maluco da Platina™. A história principal deve durar o quê, umas 20h ou menos?
2 hrs ago
4 hrs ago
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Animal Well
4 hrs ago
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Yakuza 0
Veredito: Ambicioso, defeituoso, e maravilhoso.
Yakuza 0 é o típico jogo que acerta muito e erra muito. Não porque os momentos bons são sempre incríveis e os ruins são sempre uma merda total, não por ser um jogo de extremos. Ele não é. E sim porque ele tenta fazer tudo e às vezes consegue, às vezes não.
O grosso da experiência é um bitemup 3D com foco na história, e essa parte é excelente.
O combate flui redondo e tem bastante profundidade. Estilos de luta diferentes, esquiva, bloqueio, barrinha pra encher e dar golpes especiais que gastam ela, improvisar armas com o que estiver à mão, lutas de chefe, ondas e ondas de inimigos. Tudo bem balanceado, bem testado, sempre com variedade.
Já a história é incrível. Um drama no mundo do crime organizado, com foco nos personagens. São 2 protagonistas, 2 histórias que correm em paralelo, cada uma na sua cidade, com suas próprias reviravoltas, seus próprios problemas. De um lado, Kazuma Kiryu se vê na pior situação possível depois de um serviço que deu errado, e é inspirador ver o quanto ele se desdobra do avesso pra fazer o que acredita ser a coisa certa, mesmo tomando porrada atrás de porrada vindo de todos os lados possíveis. Do outro, Goro Majima se vê sendo explorado e chantageado pelo pior tipo de babaca que existe e, no seu desespero e convicção de sair da merda, ele se vê diante dos dilemas morais mais difíceis e cruéis. No meio disso tudo, um massagista imigrante que tá procurando incansavelmente um cara que ele nem sabe quem é, uma garota cega que não fez nada de errado mas é arrastada pro olho do furacão, uma figura paterna que está na cadeia, e um lotezinho minúsculo e todo fodido que vale mais do que vários anos do meu salário.
Além disso, Yakuza 0 tem uma quantidade OBSCENA de conteúdo não-obrigatório. Não só sidequests de descer a porrada, embora essas também existam aos montes, mas todo tipo de minijogo que você puder imaginar. Autorama, boliche, 2 jogos de ritmo diferentes, gerenciamento de imóveis, gerenciamento de um kyabakura, vários fliperamas com seus próprios jogos, casas de mahjong e shogi, bares com dardos e sinuca, espaços de apostas com pôquer e roleta e vinte-e-um e mais vários outros jogos de azar, TEM COISA PRA CARALHO. E com mais profundidade do que você imagina. Os carros do autorama são customizáveis, e você precisa montar o carro certo pra cada tipo de pista, saber a hora de acelerar e de se deixar ser ultrapassado. A empresa imobiliária e o kyabakura envolvem recrutar e treinar sua equipe, delegar os serviços certos para as pessoas certas, administrar o tempo e os recursos. E em alguma medida, menos ou mais, todos os minijogos têm essa profundidade.
E é aí que mora o calcanhar-de-Aquiles de Yakuza 0. Ele faz muita coisa, ele tenta casar bem a história principal, as minihistórias das sidequests, os minijogos, o bitemup, as duas cidades, o mundo aberto, tudo. E ele é um jogo MUITO BOM, mas daqueles jogos muito bons que também dão muitos tropeços. Em algumas coisas ele é ótimo, noutras ele é só mais ou menos, noutras ele é fraquinho, e não é perfeito em praticamente nada.
Por um lado, isso faz parte da graça. Não gostou do karaoke? Beleza, então tenta bater o recorde no beisebol aí. Seu estilo de porrada é mais força bruta ou mais agilidade? Você troca entre eles com um pressionar de botão. Você quer seguir na história principal ou quer ajudar aquela adolescente que tá sendo forçada a vender as próprias calcinhas usadas contra a vontade dela? A decisão é sua. Yakuza 0 te deixa livre pra fazer o que gosta. Inclusive, ele não é um RPG mas permite muito mais roleplay que vários RPGs por aí, e essa variedade esmagadora é uma das coisas que possibilita isso.
Por outro lado, tem coisa que é indefensável. A câmera às vezes é bem ruim. A conclusão da história do Majima, que tava maravilhosa até quase o último momento, foi amarrada e encerrada meio nas coxas. O minijogo de enviar agentes, para procurarem equipamentos e materiais, tem uma interface HORRENDA. Aliás, vários dos minijogos falham miseravelmente em te explicar como que se joga. Algumas lutas de chefe - estou olhando pra tu, Kuze - são quase idênticas umas às outras. A lista de reclamações continua, e continua, e continua.
Veja, o problema dele não é ser gigantesco, não é ser ambicioso. Isso não é defeito. O problema é que ele não conseguiu dar conta de tudo, ou pelo menos não sem dar uns tropeços aqui e ali.
Mas eu diria que no geral ele se saiu muito bem. É praticamente contra as leis da Física existir um jogo tão denso como este, com tanta coisa legal pra fazer, com um sistema de porrada tão caprichado, uma história tão foda, uma variedade tão ridícula de absurda de incrível, e achar que ele não vai pisar na bola com algumas coisas.
Yakuza 0 é o típico jogo que acerta muito e erra muito. Não porque os momentos bons são sempre incríveis e os ruins são sempre uma merda total, não por ser um jogo de extremos. Ele não é. E sim porque ele tenta fazer tudo e às vezes consegue, às vezes não.
O grosso da experiência é um bitemup 3D com foco na história, e essa parte é excelente.
O combate flui redondo e tem bastante profundidade. Estilos de luta diferentes, esquiva, bloqueio, barrinha pra encher e dar golpes especiais que gastam ela, improvisar armas com o que estiver à mão, lutas de chefe, ondas e ondas de inimigos. Tudo bem balanceado, bem testado, sempre com variedade.
Já a história é incrível. Um drama no mundo do crime organizado, com foco nos personagens. São 2 protagonistas, 2 histórias que correm em paralelo, cada uma na sua cidade, com suas próprias reviravoltas, seus próprios problemas. De um lado, Kazuma Kiryu se vê na pior situação possível depois de um serviço que deu errado, e é inspirador ver o quanto ele se desdobra do avesso pra fazer o que acredita ser a coisa certa, mesmo tomando porrada atrás de porrada vindo de todos os lados possíveis. Do outro, Goro Majima se vê sendo explorado e chantageado pelo pior tipo de babaca que existe e, no seu desespero e convicção de sair da merda, ele se vê diante dos dilemas morais mais difíceis e cruéis. No meio disso tudo, um massagista imigrante que tá procurando incansavelmente um cara que ele nem sabe quem é, uma garota cega que não fez nada de errado mas é arrastada pro olho do furacão, uma figura paterna que está na cadeia, e um lotezinho minúsculo e todo fodido que vale mais do que vários anos do meu salário.
Além disso, Yakuza 0 tem uma quantidade OBSCENA de conteúdo não-obrigatório. Não só sidequests de descer a porrada, embora essas também existam aos montes, mas todo tipo de minijogo que você puder imaginar. Autorama, boliche, 2 jogos de ritmo diferentes, gerenciamento de imóveis, gerenciamento de um kyabakura, vários fliperamas com seus próprios jogos, casas de mahjong e shogi, bares com dardos e sinuca, espaços de apostas com pôquer e roleta e vinte-e-um e mais vários outros jogos de azar, TEM COISA PRA CARALHO. E com mais profundidade do que você imagina. Os carros do autorama são customizáveis, e você precisa montar o carro certo pra cada tipo de pista, saber a hora de acelerar e de se deixar ser ultrapassado. A empresa imobiliária e o kyabakura envolvem recrutar e treinar sua equipe, delegar os serviços certos para as pessoas certas, administrar o tempo e os recursos. E em alguma medida, menos ou mais, todos os minijogos têm essa profundidade.
E é aí que mora o calcanhar-de-Aquiles de Yakuza 0. Ele faz muita coisa, ele tenta casar bem a história principal, as minihistórias das sidequests, os minijogos, o bitemup, as duas cidades, o mundo aberto, tudo. E ele é um jogo MUITO BOM, mas daqueles jogos muito bons que também dão muitos tropeços. Em algumas coisas ele é ótimo, noutras ele é só mais ou menos, noutras ele é fraquinho, e não é perfeito em praticamente nada.
Por um lado, isso faz parte da graça. Não gostou do karaoke? Beleza, então tenta bater o recorde no beisebol aí. Seu estilo de porrada é mais força bruta ou mais agilidade? Você troca entre eles com um pressionar de botão. Você quer seguir na história principal ou quer ajudar aquela adolescente que tá sendo forçada a vender as próprias calcinhas usadas contra a vontade dela? A decisão é sua. Yakuza 0 te deixa livre pra fazer o que gosta. Inclusive, ele não é um RPG mas permite muito mais roleplay que vários RPGs por aí, e essa variedade esmagadora é uma das coisas que possibilita isso.
Por outro lado, tem coisa que é indefensável. A câmera às vezes é bem ruim. A conclusão da história do Majima, que tava maravilhosa até quase o último momento, foi amarrada e encerrada meio nas coxas. O minijogo de enviar agentes, para procurarem equipamentos e materiais, tem uma interface HORRENDA. Aliás, vários dos minijogos falham miseravelmente em te explicar como que se joga. Algumas lutas de chefe - estou olhando pra tu, Kuze - são quase idênticas umas às outras. A lista de reclamações continua, e continua, e continua.
Veja, o problema dele não é ser gigantesco, não é ser ambicioso. Isso não é defeito. O problema é que ele não conseguiu dar conta de tudo, ou pelo menos não sem dar uns tropeços aqui e ali.
Mas eu diria que no geral ele se saiu muito bem. É praticamente contra as leis da Física existir um jogo tão denso como este, com tanta coisa legal pra fazer, com um sistema de porrada tão caprichado, uma história tão foda, uma variedade tão ridícula de absurda de incrível, e achar que ele não vai pisar na bola com algumas coisas.
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